Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
No Result
View All Result
Home História

Reino do Congo e a chegada dos portugueses

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Fevereiro 18, 2021
in História
0 0
0

O reino do Congo

O Congo foi um reino poderoso que cresceu e se desenvolveu á volta do rio que mais tarde tomou o seu nome. Foi fundado por Nimia Lukénis nos fins do 1º milénio da n, e.lukénis era filho do rei do pequeno reino de Bungu, que se situava na região norte do rio Congo.

Muitas versões da tradição oral dão a Nimia Lukenis, fundador do Congo, o nome de Ntinu Mwene, que significa rei ou mestre. Este é recordado como um poderoso guerreiro e conquistador e como o impulsionador da fundição do ferro, o fabricante de armas de guerra e de ferramentas para a agricultura, o homem sábio, que estabeleceu a corte de justiça (Mbasi e Nhanu).

Emigrou com os seus guerreiros e família para o Sul e fixou se em Mpemba Kasi foi a primeira região que conquistou e passou a ser área da sua principal capital. Mais tarde instalou se no monte Mongo Wa Kaila, num planalto próximo de São Salvador (actual Lubango), no actual território de Angola, onde iniciou uma serie de conquistas as chefaturas locais. Mais tarde, mandou construir no planalto a capital do reino vasto em Mbanza Congo com as conquistas, Lukenis formou um vasto e poderoso império.

O império de Congo, que se estendia desde o rio Congo, a norte, ate ao rio Cuanza, a sul, ocupava toda a região norte do actual território de Angola, desde o oceano Atlântico, a oeste, ate ao rio Cuanza, a Leste.

 Muitos reinos adjacente reconheceram a autoridade do Congo e alguns tornaram-se seus vassalos. A oeste, no litoral, existiam os reinos Soyo, Kakongo, Angoi e Loango. Na parte ocidental e central do actual território angolano havia, por exemplo, o reino Ndongo dos Muimbundos, cujo rei tinha o título de gola, nome pelo qual os portugueses passaram, mais tarde, a designar a região.

Lukenis passou a ser considerado o chefe máximo do Congo, em língua local, chefe diz-se também mwene ou mani. Assim Nimia Lukenis passou a ser chamado manicono, que significa senhor do Congo. Todos seus sucessores passaram a utilizar o título de manicongo.

A organização Politica e administrativa

Com a conquista de Nimia Lukenis, diversas chefaturas e reinos ficaram sob a influência de Congo. Em cada um deles havia um chefe máximo – o mani.

Mas como conseguiu o manicongo controlar um território tão vasto como era o império de Congo?

O manicongo dividiu o Império em províncias e aldeias. Havia seis províncias no Império do Congo. As aldeias eram a comunidade básica da estrutura política. Era dirigida por um chefe – o nkulutu.

O chefe herdava a sua posição. Acima de aldeia existiam distritos. Estes eram dirigidos por funcionários nomeados pelo rei ou pelos governadores provinciais. Serviam nas cortês distritais e outros sectores e administravam os seus próprios distritos. Acima destes distritos existiam as províncias dirigidas por governadores nomeados por manicongo.

Manicongo era o chefe máximo. Era eleito por um conselho administrativo representativo que era formado por 12 membros. Geralmente, o conselho escolhia um príncipe poderoso e popular.

Manicongo conseguiu controlar o império com o auxílio deste conselho, não podendo tomar decisões importantes sem o seu consentimento.

Havia também um corpo de funcionários formado pelos manis das chefaturas e por outros funcionarios subalternos, com os chefes das aldeias.

Muitas chefaturas e reinos eram de fora das fronteiras do Congo mas sob a sua influência reconheciam o poder do manicongoe pagavam tributo regular.

Ligado a esta classe dirigente estava o grupo social dos ferreiros que, pelos serviços prestados á população, possuíam igualmente bastante prestígio. Eram designados Nganga Lufu, um título que os situava a nível dos sacerdotes e curandeiros. Todos os homens livres de clã podiam aprender a trabalhar o ferro desde que se submetessem a certos ritos de iniciação. As suas forjas povoavam as colinas á volta de capital, Mbamba Congo.

Havia ainda a classe constituída por camponeses e artesãos. Eram ela que produzia a riqueza no império. O poder económico exercia-se através da cobrança das taxas e do controlo da moeda.

As províncias pagavam as taxas em marfim, em ouro ou em tecidos finos chamados ráfia, feitas da casca de certas arvores. Um funcionário superior, o mufutila , cobrava as taxas que serviam para pagar aos funcionário governamentais.

Estas taxas possibilitavam ao manicongo a sua volta um grande número de funcionário. Incluindo guerreiros profissionais que garantiam a defesa, pajem e músicos.

As taxas eram pagadas uma vez por ano, os governadores provinciais traziam o produto da cobrança das suas províncias e renovavam a sua lealdade ao manicongo.

Amoeda ou dinheiro era pequenas conchas marfins chamadas Nzimbus podiam ser obtidas somente na ilha de luanda.

As Nzimbus não eram na mesma forma que as conchas de cauris de outros estados africanos do Oeste. Eram contadas por uma espécie de alavanca que separava as conchas pequenas nas grandes. As conchas eram guardadas em recipientes especiais. Cada recipiente continha um número exacto de conchas: 40, 100, 250, 400 ou 500. Um pote maior que se chamava funda continha 100 conchas; o lukufu continha 10 000 conchas; o kofo, 20 000.

A exploração das minas de nzimbus monopolio do manicóngo e a sua extracção era umas actividades exclusivas das mulheres.

A produção e sementes

No império de Congo a agricultura, a mineração, o artesanato e o comércio eram actividades muito desenvolvidas.

 As populações do Congo cultivavam muitas espécies de seriais: Ameixoeira, milho e um tipo de batata-doce, o inhame. Cultivavam também mandioca e amendoim. Quando choviam muito, a colheita era grande e havia abundantes de alimentos.

Da polpa do fruto da palmeira dend obtinham óleo de palma.

Era usado para queimar, cozinhar ou esfregar na pele. Um tipo de pão era feito a partir de amêndoa que se encontra dentro da semente dura do fruto. Podia-se obter vinho de palma fazendo um buraco no topo da árvore. O líquido doce e leitoso era bebido fresco ou fermentado. Quando conservado por alguns dias transformavam-se num liquido amargo – o vinagre. O vinho de palma tinha diversas utilizações. Era usado em cerimónias especiais para honrar os antepassados e em outros momentos solenes da vida das comunidades. Faziam casas cobertas com folhas de palmeiras. A casca fornecia fibra para fazer o tecido suavel e aveludado de grande valor e que em algumas ocasiões substituíam a moeda.

O povo do Congo fabricava cestos a partir das folhas da palma que serviam para conservar muitos produtos e esteiras, que eram muito usadas para decorar as casas da classe dominante.

Na mineração extraiam ouro, cobre, ferro, prata, chumbo e zinco.

O trabalho com o ferro teve um papel importante na sociedade.

O ferreiro era visto como um mestre do ferro, fogo e agua e fabricante de armas e ferramentas. O ferreiro fazia facas, lanças, machados e inchadas de ferro. Também fabricavam anéis, braceletes e outro tipo de pulseiras, as quais eram usadas em grandes quantidades pelas mulheres da aristocracia.

 Alguns dos objectos que fabricava eram símbolos tradicionais respeitados: a faca, por exemplo, era dada ao jovem quando chegava a adulto; o machado representava o poder político; o martelo e a bigorna marcavam o inicio das artes manuais. O cobre, o chumbo e o zinco eram considerados muito preciosos.

Apesar do trabalho com o metal ter primazia na sociedade, artesanato também desempenhou um papel importante. Os artesãos trabalhavam ainda com outros metais. Faziam varias espécies de pontes com argila e esculturas em madeira ou pedra. com o couro trabalhado faziam cadeiras para os chefes e peles para os tambores. Usando ainda para o fabrico de escudos para os guerreiros.

O comércio ou Nzandu era o pilar da vida económica no Congo. Estava organizado de modo a garantir a segurança do povo, a liberdade comercial é um sistema unitário de preços para certas mercadorias. Havia mercados bem organizados. Nos mercados haviam secções reservadas para os mais variados artigos de comércio. Havia uma secção para artigos de metal, outra para roupa, outro cesto e esteiras e muitas outras mais.

O vigor dos mercados era a prova da energia e do vinamismo da economia.

Os principais artigos do comércio interno no Congo eram a palma, o sal, o cobre, o ferro, as pontes, a madeira vermelha para tingir, os cestos, as esteiras e o marfim para os instrumentos musicais. Comercializavam ainda pêlo da cauda de elefante, anéis de cobre e braceletes.

A principio este comercio restrigia se somente as aldeias. Mas, a medida que o tempo foi passando, o comercio a longa distancia, começou a desenvolver se. Isto significou a troca de mercadorias entram pessoas ou povo que viviam longe umas das outras. Acosta marítima atlântica e os rios, principalmente o Congo foram usados para promover este comércio. Utilizavam as pirogas, barcos de troncos das árvores. O Congo mantinha um comércio intenso com os reinos vizinhos, vassalos. Exportava o marfim de loango, o cobre, o sal da costa, o amendoim, a mandioca, o peixe fumado, as mendoas de palmas e a borracha da província de Nbamba. Em troca importava produtos do interior e da costa, como tecidos europeus e indianos, quinquilharias, vinho das Canárias, da madeira e de Málaga.

Todos estes produtos circulavam através do território do Congo, cruzando províncias e cidades onde havia mercados no Congo não havia comércio de escravos, assim como não existiam nos reinos vizinhos. Este comércio só teve inicio com a chegada dos portugueses ao Congo, no século XV.

A chegada dos portugueses

Os portugueses chegaram ao Congo no século XV.

Os portugueses,  quando chegarem, eram chefiados por Diogo Cão em 1482, e estavam ansiosos por obter riquezas ouros, cobre, marfim e escravos.

A presença portuguesa no Congo trouxe graves consequências na sociedade do Congo. Iniciou-se o processo da transformação profunda da sua vida económica, social e política. Em suma, a presença portuguesa no Congo contribuiu para a decadência e a distribuição de tão poderoso e prospero império, que viria a acontecer aproximadamente cem anos depois dos primeiros contactos.

Leia Também Sobre:

  • O papado e as Heresias
  • Posição da Igreja perante as Heresias
  • Cultura na Idade Média
  • Educação Medieval e Escolástica
  • O que é Apartheid?
  • Idade Média
  • Alta Idade Media ou Idade Media Antiga
  • Revolução liberal Francesa: causas, fases fundamentais e sua importância
  • Babilónia na Antiguidade
ShareTweetShare
Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

Related Posts

História

Resistência colonial na África Austral – Moçambique, África do Sul e Namíbia

Março 11, 2023
História

Nacionalismo Africano e em Moçambique

Março 11, 2023
História

Os prazos da coroa em Moçambique: Resumo

Março 11, 2023
História

História de Moçambique antes e depois da independência

Março 11, 2023
Next Post

Características do Absolutismo Europeu

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Sópra-Educação

O maior portal de educação em Moçambique em todos os níveis

  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

No Result
View All Result
  • Home
    • Home – Layout 1
    • Home – Layout 2
    • Home – Layout 3
    • Home – Layout 4
    • Home – Layout 5
  • Video

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, você concorda com o uso de TODOS os cookies.
Cookie settingsACEITAR
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre activado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
GUARDAR E ACEITAR