Frase complexa é aquela que é constituída por duas ou mais orações. Apresenta, portanto, mais do que um predicado e muitas vezes mais do que um sujeito.
Exemplo: Os meus pais oferecem-me muitos livros porque eu gosto muito de ler.
Frase complexa ( dois verbos conjugados)
Há duas maneiras de organizar as orações na frase complexa:
- a coordenação
- a subordinação.
Coordenação
Orações coordenadas copulativas
Exprimem a simples adição de orações. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: e; nem, também.
– Locuções: não só…mas também;
tanto…como; não só…como também.
Exemplo: Chove e troveja.
Orações coordenadas adversativas
Indicam oposição ao que se disse anteriormente. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: mas; porém; todavia; contudo.
– Locuções: no entanto; apesar disso; ainda assim; não obstante.
Exemplo: A avestruz tem asas, mas não voa.
Orações coordenadas disjuntivas
Exprimem alternância, distinção ou contraste. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: ou (repetido ou não).
– Locuções: ora…ora; quer…quer;
seja…seja; seja…ou; já…já; nem…nem.
Exemplo: Ora chove ora faz sol.
Orações coordenadas conclusivas
Indicam uma conclusão tirada do que se disse anteriormente. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: pois; portanto; logo.
– Locuções: por consequência; por conseguinte; pelo que, por isso
Exemplo: A terra está molhada, logo choveu.
Subordinação
Orações subordinadas temporais
Expressam a ideia de tempo. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: quando; enquanto;
– Locuções: logo que; depois que; desde que;
Exemplo: Ele chamou o elevador quando eu fechei a porta.
Orações subordinadas causais
Expressam a ideia de causa ou o motivo. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: porque; pois; como;
– Locuções: visto que; pois que; por causa de;
Exemplo: Não vou sair, porque está a chover.
Orações subordinadas finais
Expressam ideia de fim (objectivo). Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: para (= para que);
– Locuções: para que; a fim de que;
Exemplo.: Estudem, para que passem de ano.
Orações subordinadas condicionais
Expressam uma condição ou hipótese. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: se;
– Locuções: salvo se; excepto se; a não ser que;
Exemplo: Se estudares tens.
Orações subordinadas comparativas
Expressam uma comparação. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: como, conforme;
– Locuções: assim como… assim também; tão… como;
Exemplo: Aquele animal é forte como um elefante.
Orações subordinadas consecutivas
Expressam uma consequência. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: que (antecedida por “tanto, de tal modo”);
– Locuções: de maneira que; de forma que; de modo que;
Ex.: Andei à chuva, de modo que fiquei constipado.
Orações subordinadas concessivas
Expressam uma concessão, uma oposição. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: Embora, conquanto;
– Locuções: Ainda que, posto que, mesmo que, se bem que, por mais que, por menos que, apesar de (que), nem que;
Exemplo: Embora estivesse triste, saí com os meus amigos.
Orações subordinadas integrantes
Integram, completam o sentido de um verbo. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: que, se;
Exemplo: Os meus amigos disseram que vinham à minha festa de aniversário.
Orações subordinadas relativas
Completam o sentido de um nome. Podem ser introduzidas por:
– Conjunções: que;
Exemplo: Os meus amigos que estavam em França vieram à minha festa de aniversário.
Bibliografia Consultada
CEGALLA Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. Companhia Editora Nacional, São Paula, 2002.