A metáfora da anarquia, empregada aqui na caracterização de um tipo de organização escolar, está fundamentada num conceito de organização oposto às estruturas organizacionais alicerçadas na racionalidade e no mecanicismo. A anarquia é o pólo oposto da burocracia. O controlo não é centralizado nessa imagem, e os objectivos têm relevância limitada.
Cada indivíduo é um actor autónomo. Professores ensinam, conselheiros aconselham, e directores lidam com tarefas administrativas. Relativamente, poucas ocasiões para decisões ocorrem, e lidam-se com os problemas mais se esquivando deles do que se empregando esforços para resolvê-los.
Tal modelo anárquico de organização, além de se colocar em oposição às imagens da escola como empresa e como burocracia, também minimizam o poder dos grupos em tecer consensos, como no caso da escola democrática, e em aparelhar-se para a disputa política que vimos na escola como arena política (legislatura), uma vez que a tônica se dá na imprevisibilidade e incerteza do funcionamento das propostas emergentes de acordos ou de vitórias políticas.
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Referências Bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral de Admiração, Elsever. Rio de Janeiro, 2004;
COSTA, J. A. Imagens organizacionais da escola. Lisboa, Portugal: ASA Editores, 1996;
CUCHE, D. A Noção de Culturas nas Ciências Sociais. Bauru, SP: EDUSC, 1996.