Demanda turística é o número total de pessoas que viajam, ou desejam viajar, para utilizar facilidades e serviços turísticos em lugares distantes do seu local de trabalho e residência.
Algo marcante nesta utilização do conceito é a inclusão das pessoas que desejam viajar e não somente das que efectivamente o fazem. Desta maneira, pode-se dividir a demanda, baseando-se na obra de Cooper et al. (2007), em três elementos básicos que são:
- Demanda real ou efectiva são os turistas de fato, ou seja, o número de pessoas que praticaram turismo dentro do período de interesse. Este é o componente habitualmente medido nas estatísticas relacionadas ao tema.
- Demanda reprimida ou demanda potencial composta por aqueles que não viajam, mas o fariam caso ocorresse alguma mudança em suas condições.
- Não-demanda aqueles que não desejam viajarem.
De acordo com Cooper et al. (2007), pode-se entender o processo de decisão do consumidor composto por:
- Determinantes de Demanda são factores decisivos para a execução do turismo, embora estejam maioritariamente fora do controle do indivíduo e/ou não sejam decididos prioritariamente com o ato de viajar em mente.
- Energizadores da demanda Forças motivacionais que levam o indivíduo a sair de férias, viajar, etc.
- Efetivadores de Demanda aumentam, refreiam ou direccionam os energizadores. Neste ponto podem ser inseridos percepção, aprendizagem, atitudes, personalidade e imagem do destino.
Conteúdos
Determinantes da Demanda
Os determinantes de demanda são condições “essenciais” que devem ser satisfeitas para que o indivíduo possa participar de qualquer tipo de actividade turística. Pois, embora esteja motivado a viajar, a possibilidade de realização de tal acção dependerá de inúmeros factores interligados, os quais juntos representam os parâmetros de viabilidade de realização deste tipo de empreendimento.
Os determinantes dividem se em dois grandes grupos: Os macros determinantes e os determinantes em si serão expostos primeiramente os macros determinantes por serem de ordem mais geral, subdivididos nos componentes social, tecnológico, económico e político.
Oferta turística
Todos os bens e serviços à disposição dos consumidores turistas, por um dado preço, por um determinado período de tempo”.
Conjunto de equipamentos, bens e serviços de alojamento, de alimentação, de recreação e lazer, de carácter artístico, cultural, social ou de outros tipos, capaz de atrair e assentar numa determinada região, durante um período determinado de tempo, um público visitante.
Determinantes da oferta turística
Oferta turística é composta pelas seguintes componentes: atractivos turísticos, serviços turísticos e infra-estrutura e serviços básicos
Atractivos turísticos: lugar, objecto ou acontecimento de interesse turístico que motiva o deslocamento de grupos humanos (Embratur, 1984).
Atractivo é aquilo que motiva a viagem, sendo chamado, inclusive, de “matéria-prima do turismo”. Atractivo é o mesmo que recurso, para a maioria dos autores.
Serviços e equipamentos turísticos: conjunto de edificações, instalações e serviços indispensáveis ao desenvolvimento da actividade turística.
Infra-estrutura e serviços básicos: Para que existam as empresas e os serviços turísticos, é necessário haver infra-estrutura básica, elemento fundamental para a viabilização da actividade. A infra-estrutura básica corresponde a serviços de distribuição de água, electricidade, telecomunicações, saneamento básico e outros tantos, indispensáveis ao bom desempenho da actividade turística
Infra-estrutura de apoio turístico: conjunto de obras e instalações da estrutura física da base, que cria as condições para o desenvolvimento de uma unidade turística. (Embratur, 1984).
Exemplos da demanda e oferta turística na província turística
A oferta do turismo na Província de Inhambane é variada e difusa. Existem vários produtos e subsegmentos geográficos distintos, que apelam aos diferentes mercados-alvo:
- Tofo – actividades de turistas de mochila/segmento de turismo regional de lazer de classe baixa /mergulho e todas baseadas na água;
- Barra – mercado regional e internacional de classe média de lazer / mergulho;
- Massinga – mercado regional e internacional de classe média alta de lazer;
- Vilanculos e Bazaruto – mercado regional e internacional de classe alta de lazer; e
- Zona do interior – Ainda pouco conhecida e produto inexistente ou numa fase incipiente do seu desenvolvimento.
Bibliografia
BENI, M. C. Análise estrutural do turismo. São Paulo: Editora SENAC, 2007.
COOPER, C. FLETCHER, J. WANHILL, S; GILBERT, D.; SHEPHERD, R. Turismo: princípios e práticas. Porto Alegre: Bookman, 2007.
EMBRATUR, Manual de iniciação ao estudo do turismo. 15. ed. Campinas: Papirus, 1984.
MATHIESON, Alister WALL, Geoffrey. Tourism: economic, physical and social impacts. London: Longman, 1988.
LOHMANN, PANOSSO; Fundamentos do Turismo, S/d, São Paulo. 2013