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Conceito da deficiência auditiva
A deficiência auditiva é um impedimento sensorial que causa no indivíduo danos linguísticos, cognitivos, emocionais, sociais e escolares, o que pode produzir graves limitações na vida do surdo, visto que a linguagem é a principal função mental do ser humano, sendo a capacidade de utilizá-lo fator que o difere de outros animais.
Causas da deficiência auditiva
A deficiência auditiva pode ser nata ou adquirida. As principais causas da deficiência congénita ou natas são hereditariedade, viroses maternas (rubéola, sarampo), doenças tóxicas da gestante (Sífilis, citomegalovírus, toxicoplasmose), ingestão de medicamentos ototóxicos (que lesam o nervo auditivo) durante a gravidez. Designa-se deficiência auditiva adquirida quando existe uma predisposição genética (otosclerose), quando ocorre meningite, ingestão de remédios ototóxicos, exposição a sons (explosão) e viroses.
Causas pré-natais
- Relativas a doenças infecto-contagiosas, como a rubéola;
- Sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose, herpes;
- Remédios ototóxicos, drogas, alcoolismo materno.
Causas Pré-natais
- Prematuridade, pós-maturidade, abnóxia, fórceps.
- Infecção hospitalar.
- Factores Pós-natais: (problemas após seu nascimento)
- Meningite;
- Remédios ototóxicos, em excesso, ou sem orientação médica;
- Exposição contínua a ruídos ou sons muito altos.
Classificação da Deficiência Auditiva
Segundo Nielsen (1999), a deficiência auditiva (surdez neurossensorial) pode manifestar-se como:
- Surdez leve ou ligeira – exibe padrões de fala normais e, nesse caso, o seu problema auditivo, muita das vezes não é detectado.
- Surdez moderada: é aquela que, regista uma perda moderada de audição, e não é usado qualquer aparelho auditivo.
- Surdez moderadamente severa – não usa um aparelho auditivo, tem uma capacidade reduzida percepcional de diálogos, podendo apresentar atrasos na fala, assim como na expressividade reduzida em termos de vocabulário e inadequação de estrutura da linguagem.
- Surdez severa – esta caracteriza-se por incapacidade de se ouvir a maior parte dos sons produzidos no meio em que a criança pode se encontrar, não obstante possa ter uma percepção de sons intensos e possa responder aos mesmos.
Sinais de Alerta de Deficiência Auditiva
A deficiência auditiva deve ser reconhecida precocemente. Portanto, os pais ou responsáveis devem observar as reacções auditivas das crianças. Nos primeiros meses o bebé reage a sons como o de vozes ou de batidas de portas, piscando, assustando-se ou cessando seus movimentos. Por volta do quarto ou quinto mês a criança já procura a fonte sonora, girando a cabeça ou virando o seu corpo.
Se o bebé não reage a sons de fala, os pais devem ficar atentos e procurar aconselhamento com o pediatra, pois desde cedo o bebé distingue, pela voz, as pessoas que convivem com ele diariamente.
Bibliografia
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