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Dinastia Avis: O que é? O que fez e a ascensão da dinastia de Avis

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Maio 6, 2022
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Dinastia Avis: O que é? O que fez e a ascensão da dinastia de Avis

Depois de um período conturbado; que envolveu três guerras com Castela, entre 1369 e 1382, motivadas por disputas sucessórias ao trono espanhol, ao qual se candidatou o monarca português, e por questões políticas envolvendo a França e a Inglaterra; o rei D. Fernando faleceu em 1383.

Deveria sucedê-lo a Infanta D. Beatriz, porém, poucos meses antes ela havia casado com o rei de Castela, por conta de um acordo que pôs fim a terceira guerra luso-castelhana.

Ocorre que as cláusulas do acordo previam que o filho de D. Beatriz sucedesse seu pai e não ela, o que deveria se dar quando este tivesse catorze anos, quando herdaria o trono de Portugal; mas não a coroa de Castela, já que o monarca castelhano tinha filhos de um casamento anterior, a quem recaia a primazia.

Por conta desta situação, principalmente devido a conhecida cobiça castelhana sobre Portugal, parte considerável da baixa nobreza e o restante da população não aceitaram a aclamação de D. Beatriz como rainha.

Visto que sendo mulher não estava habilitada e que não tinha filhos, não havendo sinal de que pudesse vir gerar um varão em breve para sucedê-la na maioridade.

Assim, desencadeou-se a Revolução de Avis, mais que uma simples rebelião, simbolizando o rompimento com os resquícios medievais que atravancavam o comércio e a expansão ultramarina.

Possibilitaria o pioneirismo que garantiria ao país a primazia sobre exploração marítima e conduziria a abertura da rota atlântica para a Índia.

O líder da rebelião era o infante João, reconhecidamente filho ilegítimo do rei D. Pedro, armado cavaleiro e nomeado pelo pai como Mestre da Ordem Militar de São Bento de Avis; uma instituição conectada à milícia de Évora, fundada por volta de 1175, durante a reconquista, com função de defender a cidade dos mouros, estando submetida aos beneditinos.

Foi apoiado pela nascente burguesia lusitana, em geral envolvida com os intermediários italianos no comércio de especiarias, que enxergava na regência de D. Leonor Teles a continuidade da orientação política do reinado anterior.

Antes de morrer, o rei D. Fernando insistia em manter uma taxação dupla, permitindo que a alta nobreza também cobrasse dos vassalos seus próprios impostos, o que prejudicava a baixa nobreza e os interesses da burguesia.

Ao mesmo tempo, parte da alta nobreza presumia que a independência de Portugal estaria ameaçada, caso Leonor não tivesse filhos; o que canalizou o apoio para a reivindicação ao trono por parte do Mestre de Avis.

Enquanto os camponeses ansiavam que o filho de D. Pedro subisse ao trono, isto por ser este rei muito popular entre a arraia miúda, recaindo toda uma aura mítica presente no cancioneiro e nos relatos que se difundiam oralmente.

A Revolução começou em Lisboa, com o assassinato do Conde de Andeiro por representantes da burguesia.

O golpe foi apoiado pelo povo miúdo, ao passo que o Mestre da Ordem de Avis foi aclamado rei, com o título de D. João I, aos 26 anos de idade.

Nem todos aceitaram pacificamente o golpe, a população ficou dividida e os castelhanos chegaram a cercar Lisboa, forçando o novo rei a fugir.

Buscou apoio na Inglaterra, selando um tratado de amizade por meio da promessa de casamento com D. Filipa de Lancaster, filha de um duque que se tornaria rei.

Antes do casamento com Dona Filipa, que aconteceria em 1387, D. João teve três filhos fruto de um caso de amor vivido com Inês Pires, filha de um sapateiro judeu, impeditivo para uma união referendada pela Igreja Católica para alguém da sua posição social.

No entanto, depois de ser sagrado rei não esqueceu dos filhos ilegítimos; Afonso, nascido em 1377, foi agraciado com o título de Duque de Bragança; Branca, nascida em 1378, morreu criança, com apenas um ano; e Beatriz, nascida em 1382, segundo alguns cronistas dotada de grande beleza, casou-se em 26 de Novembro de 1405 com um nobre inglês, Thomas FitzAlan, Conde de Arundel, em Londres, na presença do rei Henrique IV da Inglaterra.

Nenhum dos dois filhos ilegítimos de D. João, que chegaram à idade adulta, habilitou-se para herdar o trono ou participar, depois, da expansão ultramarina promovida pelos meio irmãos que iriam nascer da união legitima.

A promessa de casamento com Dona Filipa garantiu o apoio político e financeiro inglês, além de tropas cedidas pela nobreza desta nação, que foram essenciais para subjugar os inimigos internos apoiados pelos castelhanos e franceses.

Após várias batalhas travadas entre 1383 e 1385, o exército do rei de Castela, apoiado pela cavalaria francesa, foi derrotado por tropas anglo-portuguesas na batalha de Aljubarrota em 14 de agosto de 1385.

A partir de então, combates continuaram a ser travados até 1411, mas sob o comando do Condestável Nuno Álvares Pereira – o mais rico e poderoso cavaleiro do reino, detendo o título de Conde de Barcelos, Ourém e Arraiolos -; as tropas lusas estiveram sempre em vantagem, garantindo definitivamente a independência de Portugal, ao menos até a União Ibérica em 1580.

  1. João I foi o monarca que mais contribuiu para a centralização do poder político em Portugal, que, embora já se encontrasse concentrado nas mãos do rei desde D. Afonso Henriques, foi reforçado em torno da Coroa.

Um controle mais rígido sobre a nobreza foi implementado, sobretudo, porque parte dela havia tomado o partido castelhano em beneficio da manutenção da velha dinastia de Borgonha; no caso, a maioria dos duques e condes e alguns barões e senhores.

Apesar de medidas em favor dos camponeses, implantadas no início, que na prática acabaram com a servidão em território português; a burguesia foi quem mais se beneficiou; a nova dinastia incentivou o comércio, passou a construir um Estado mercantil.

Muitos mercadores foram agraciados com o título de cavaleiro, compondo uma nobreza renovada, vivamente interessada em atividades comerciais, que substituiu os nobres que apoiaram Castela na guerra.

  1. João I procurou atender também os interesses da nobreza como todo, retomando a cruzada contra os infiéis, uma saída para obter apoio irrestrito e, ao mesmo tempo, uma estratégia para reduzir o risco de revoltas internas contra a nova dinastia.

O desbravamento do Atlântico constituiu uma forma de direcionar a belicosidade da velha nobreza, que estava enfraquecida, mas ainda ativa; abrindo caminho aos mercadores, que compunham a nova nobreza em formação, para expansão dos seus negócios, em uma tentativa de eliminar os italianos no comércio de especiarias, ainda via Mediterrâneo.

Os lusos voltaram sua atenção para o norte da África, iniciando a expansão ultramarina pelas mãos do próprio filho do rei, o Infante D. Henrique, encarregado de organizar a empreitada em nome do Estado.

Bibliografia

ANÔNIMO. Índice cronológico das navegações, viagens, descobrimentos e conquistas dos portugueses nos países ultramarinos desde o principio do século XV. Lisboa: Imprensa Nacional, 1841.

ALBUQUERQUE, Luís de. Curso de história náutica. Lisboa, Alfa, 1989a.

ALBUQUERQUE, Luís de (org.). Relações da Carreira da Índia. Lisboa: Alfa, 1989b.

ARNOLD, David. A época dos descobrimentos. Lisboa: Gradiva, 1983.

AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal Econômico. Lisboa: Clássica Editora, 1988.

BARCELLOS, Christiano. Construções de Naus em Lisboa e Goa para a Carreira da Índia no começo do século XVII. Lisboa: Separata da Biblioteca Central da Marinha, 1998.

BOXER. Charles Ralph. O império marítimo português. Lisboa: Edições 70, 1969.

CASTELO BRANCO, Fernando. Presença de Portugal no Mundo. Lisboa: Academia de História, 1982.

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Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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