O relevo angolano é caracterizado por seis grandes unidades geomorfológicas segundo Marques (1996) e CEPT (1968):
1.A Faixa litoral, estende-se ao longo da costa, com uma largura que varia entre a dezena e duas centenas de quilómetros, talha sobretudo formações da orla sedimentar e em parte rochas magmáticas plutónicas, caracterizada por planícies e terraços baixos, podendo atingir cerca de 100 km de largura na foz do rio Zaire e 180 km de extensão na foz do rio Cuanza, tornando-se mais estreita à medida que se caminha para Sul, limitando-se a pouco mais de 20 quilómetros a sul de Benguela, voltando a alargar-se um pouco na orla marítima do deserto do Namibe.
No litoral propriamente dito, encontramos arribas praias e algumas com muito desenvolvimento, como as restingas das Palmeirinhas em Luanda, restinga do Lobito em Benguela, e da Baía dos Tigres no Namibe. Mais para o interior da faixa litoral é vulgar a acumulação de detritos grosseiros.
A Zona de transição (superfícies intermédias) é limitada a Oeste e a Leste por escarpas, sendo a oriental mais vigorosa e mais extensa, talha rochas predominantemente metamórficas (xistos, quartzitos e calcários), para norte do Rio Cuanza, e rochas magmáticas plutónicas (granitos e gnaisses) a Sul. As superfícies planas que as constituem são dominadas a Norte por relevos de dureza vigorosos mais ou menos individualizados relacionados com a erosão diferencial em rochas de competências diferentes.
A Sul, as grandes aplanações são denominadas por inselbergs de vertentes abruptas, testemunhos de variadas condições lito-estruturais das rochas magmáticas em que se desenvolveram. Esta área é caracterizada por degraus em patamares de crescente altitude para o interior, cortados com frequência por rios que correm directamente para o Atlântico, dando lugar a aberturas para o interior como resultado da erosão fluvial.