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As mais antigas comunidades de caçadores recolectores

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Agosto 25, 2022
in Uncategorized
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Os primeiros habitantes de Angola

O Norte e Centro de Moçambique encontra-se inserido no corredor da grande região onde, da Etiópia à Tanzânia, restos dos mais antigos espécimes humanos têm sido encontrados. Moçambique apresenta grandes potenciais de investigação neste domínio. Esta qualidade encontra-se sobretudo patente nas áreas de influência tectónica representada pelo prolongamento do vale do Rift naquele território, formação geológica de onde provém desde há cerca de 5 décadas aquilo que se conhece do processo de evolução do Homem.

Os conceitos tradicionais referentes à nossa origem foram particularmente abalados desde que, em 1924, numa caverna no Transvaal (África do Sul), e em 1931 na garganta de Olduvai (Tanzânia), foram descobertos restos fósseis de um primitivo tipo humano que se convencionou chamar Australopitecus.

Mas foi sobretudo a partir dos anos 60 que a cadeia evolutiva se clarificou com a revelação dos primeiros Homo habilis que, a acrescentar ao bipedalismo dos primeiros hominídeos, demonstram já capacidade de produzir utensílios de trabalho.

No decurso de etapas sobretudo documentadas a partir de há cerca de 1.6 milhões de anos, surgiu um novo tipo humano de ainda maior caracterização e diversidade anatómica, cultural e geográfica: o Homo erectus. De todos os continentes, estes testemunhos estão primeiramente registados na África Oriental e Austral.

Como em todas as regiões onde as primeiras manifestações de ocupação humana tiveram lugar, também em Moçambique os vestígios arqueológicos registam a existência de inúmeras oficinas de fabrico de machados, bifaces e lascas de pedra talhada, produto de uma tecnologia basicamente idêntica

Mas não só o processo de hominização teve primeiramente lugar em África, como também é na região Austral, onde o homem moderno (Homo sapiens sapiens) se desenvolve em data anterior à sua expansão para o Próximo Oriente a partir de há cerca de 100 000 anos.

Conteúdos

Escavações realizadas

Testemunhos significativos desta longa evolução foram encontrados durante escavações realizadas no Sul de Moçambique, em Massingir, e em outras estações do Sul do Save, Chibuene na baía de Vilanculos.

Dificuldade que se levanta ao estudo da profunda do da evolução do homem

Necessidade do investimento de consideráveis recursos técnicos e financeiros, o que até ao momento não foi possível dispor em Moçambique, contudo a temática continua a ser investigada em laboratório: Paula Meneses, uma jovem arqueóloga do Departamento de Arqueologia e Antropologia da Universidade Eduardo Mondlane.

Etapas finais das antigas comunidades de caçadores: a especialização técnica e as primeiras manifestações de arte

Os últimos 150 000 anos documentam, em particular para a região da África Austral, transformações relativamente aceleradas das tecnologias de produção de instrumentos de trabalho e dos padrões de vida.

Estas são caracterizadas pela produção de artefactos constituídos por lascas e lâminas provenientes de núcleos preparados, muitas delas retocadas, e encabadas em suportes de madeira para uso como lanças ou raspadores. coexistem também artefactos mais rudes, particularmente nas regiões a norte do rio Limpopo. Relacionado com a primeira das causas, afi gura-se-nos como legítimo associar o aperfeiçoamento e a diminuição dos artefactos com a especialização da caça de espécies animais de menor porte.

Alguns dados provenientes de Moçambique ilustram diversos fácies das indústrias líticas deste período, nomeadamente em Massingir Revez Duarte, Caimane e Bilene P. O. (no Sul), Saibreira (Beira), Marissa, Zumbo (no Centro), e Riane, Nakwaho, Musé, Chakota (no Norte). Embora nestas estações arqueológicas se registe em abundância a ocorrência de instrumentos de pedra, complementada nas do Centro e Norte com a arte rupestre,

Decorrente das investigações ali realizadas, as informações incluem provas para a utilização da madeira em arcos e fl echas, picaretas de madeira com argola de pedra embutida, calços, bem como a confecção de recipientes a partir da casca de árvore, e de vestuário e sacos fabricados do curtume da pele de animais. Outra importante constatação é a existência de rituais de enterramento.

Mas de todas as manifestações de espiritualidade, nenhuma é tão vivida como aquela expressa através da gravura e pintura rupestres, representadas nas paredes de abrigos ou de pequenas cavernas rochosas, ou mesmo expostas em afloramentos rochosos a céu aberto, o seu estudo tem sido feito através da análise estilística comparativa, bem como pela sobreposição dos traços e respectivos estilos, quando esta assim ocorre nos painéis.

Esta tradição de representação pictórica de estilos e temática gradualmente mais abstracta prolonga-se até ao presente milénio, atestando desta forma a grande interacção cultural prevalecente ao longo do período, e em particular aquela que deve ter existido entre as últimas comunidades de caçadores recolectore.

A agro-pecuária, o fero e a aldeia durante o 1º milénio d.C., os Bantu

O Sul de Moçambique assistiu à chegada de novas sociedades portadoras de processos produtivos inovadores que, a partir de há cerca de 1800 anos, foram rapidamente povoando as zonas litorais e estuarinas, bem como penetrando as bacias fluviais em direcção às encostas e planaltos do interior. Este processo difusivo, também conhecido por «expansão bantu», é actualmente interpretado como um progressivo movimento de populações provenientes da região do Lago Vitória.

A considerável rapidez destes eventos é atestada pelo facto das datações apontarem para a existência naquela região das respectivas comunidades ancestrais durante os últimos séculos do 1º milénio a. C. O conjunto das razões que justifiquem está relativa celeridade são ainda desconhecidas, mas uma delas terá possivelmente a ver com aspectos decorrentes dos notáveis progressos técnicos introduzidos pela metalurgia do ferro e suas implicações ao nível da produção, particularmente no domínio da agricultura.

Registo arqueológico

Assim, é curioso fazer notar que  a finidade de expressão verbal (a família linguística bantu é hoje de representação maioritária na região subequatorial) deverá ter também decorrido no passado da presença de outros padrões de vida relativamente homogéneos que ficaram conservados no registo arqueológico:

  • A existência de pequenas comunidades familiares agregadas em aldeias de pau e adobe, praticando uma agricultura de subsistência complementada pela recolecção da fauna e flora silvestres, eventualmente dispondo de gado bovino e ovi-caprino, e de instrumentos de ferro.
  • Distribuição das diferentes tradições culturais no espaço, é a manufactura de olaria.
  • Linguagem.

A tradição deve ser complementada com a referência à existência de outras duas tradições afins, mas de representação geográfica e cronológica distinta, como são as de Lyndenburg e de Gokomere-Ziwa.

A (Lyndenburg) parece estar no contínuo cultural da tradição Matola, evoluindo com particular expressão para o interior sul de Moçambique e do Transvaal (A. Sul),

Gokomere-Ziwa se destaca como tradição distinta de feição continental, resultante da expansão de um conjunto de outras antigas comunidades bantu através dos planaltos interiores da Zâmbia e Zimbabwe.

Sul de Moçambique como objeto de ações de levantamento arqueológico

As contribuições de Moçambique para um melhor conhecimento deste processo de grande impacto ecológico e cultural são já significativas, tendo sido ali realizados trabalhos de prospecção e escavação. Destas unidades de amostragem podemos referir que os mais antigos povoamentos parecem localizar-se em zonas litorais e estuarinas (Xai-Xai, Bilene, Chongoene, Campo Universitário, Matola e Zitundo).

Esta precedência cronológica e fisiográfica terá igualmente a ver com determinados padrões de ocupação do território, que julgamos ter sido relativamente mais prolongada no período pós-Matola (i. e., Lyndenburg). A natureza incipiente dos primeiros estabelecimentos da tradição Matola ocasionaria eventualmente a existência de pequenas comunidades de economia pouco especializada, na qual práticas de recolecção teriam mais preponderância do que a agricultura e a pastorícia. No entanto, é de referir a grande importância que a metalurgia do ferro parece assumir desde muito cedo, surgindo como actividade amplamente documentada nas estações mais antigas deste período.

Norte de Moçambique como objeto de ações de levantamento arqueológico

Também o Norte de Moçambique tem sido objecto de acções de levantamento arqueológico cobrindo as manifestações destas primeiras comunidades agrícolas, trabalho especialmente realizado desde 1981 por Leonard Adamowicz, do Departamento de Arqueologia e Antropologia da Universidade Eduardo Mondlane.

Produtos de relações de intercâmbio

As relações de intercâmbio estão cada vez mais patentes na existência de objectos importados da costa para o interior (conchas marítimas), ou do interior para a costa (missangas de cobre e defesas de marfim).

Esta complementaridade regional manifesta-se em ocorrências arqueológicas patentes nas bacias fluviais interiores a norte da foz do rio Limpopo (Massingir, Hola-Hola), e sobretudo em áreas costeiras de propícia localização geográfica (Chibuene e ilha do Bazaruto). Particularmente evidente é o facto dos padrões regionais de troca serem gradualmente alterados com a existência de produtos provenientes de mercados internacionais do Levante e das costas do Mar Arábico.

Moçambique e a rede comercial do Índico

Estudos de documentação antiga, tradição oral, e de linguística concorrem para, juntamente com a arqueologia, explicar os mecanismos de gradual transformação das mais antigas comunidades agrícolas da África Oriental no quadro do advento do comércio internacional naquela região.

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Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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