Situação política, económica, social e cultural das instituições de Moçambique no século XVII
Situação política- os portugueses acreditavam que não existiam grandes chefias nas regiões costeiras, semelhantes as por si descritas sobre os Carangas a sul do Zambeze mas acreditavam que no interior desta terra vivem reis importantes e poderosos, cafres pagãos de cabelo lanudo, de que muitos pertenciam a nação macua. o governo e muito simples, em cada aldeia existe um chefe, quem se da o nome de fumo. Sempre que se registam disputas é ele quem toma decisões, as quais são verbais.
Situação económica– Na economia os macuas desta parte dos territórios não praticavam a agricultura, baseavam se na pesca, complementando a sua dieta com raízes e frutos, a caça era uma actividade comunal de grande envergadura.
Situação Social- Moçambique era habitada pelos povos macua e os povos Marave que ocupavam a margem norte do rio Zambeze subindo o rio até Tete. Na margem sul estavam os Tongas, sendo o rio como uma tal fronteira étnica e linguística.
Situação Cultural- quando morria alguém merecedor de grande respeito, deixavam-no na casa que lhe pertenceu na mesmíssima posição em que faleceu, colocam junto ao corpo tudo o que costumavam usar.
Localização Espacial do Comercio de Marfim: comércio da Costa Oriental africana e comércio no norte a sul do Zambeze
Características gerais do Comércio de Marfim: este comércio foi predominado por duas modalidades: A primeira consistia em traficar regularmente com os Macuas de reinos vizinhos e sazonalmente com mercadores Ajaua que, vinham do Lago Niassa, traziam essencialmente marfim e em menor escala tabaco e azagaias.
A segunda consistia em enviar ao sertão os patamares correspondentes aos mussambases do vale do Zambeze que eram mercadores africanos (mascotes) que recebiam a mercadoria nos portos da costa e a introduziam no interior, feiras e aldeias, onde realizavam as trocas.
Principais conflitos e Rotas Comerciais rumo a costa de Moçambique: O comércio de marfim criava um sistema de relações sociais cujas fortunas dependiam umas das outras, encontramos as seguintes rotas: (Iª) Angoche-Zambézia, (IIª) Chiri-Mussuril e por último (IIIª) a Baía De lagoa.
Consequências do Comercio de Marfim
- Os portugueses contribuíram de forma negativa na destruição da vida comercial do litoral, e com o maior fluxo comercial do comércio de marfim no litoral, contribuiu de certa forma na fundação de novos entrepostos comerciais ao longo da costa moçambicana.
- Os portugueses procuraram dominar outras posições estratégicas ou de interesse comercial.
- O comércio do marfim caiu cada vez mais nas mãos de concorrentes interessados em seu mercado no Norte, neste caso os yao, povo que participou de forma singular das trocas comerciais com regiões distantes através de toda a África Central e do Oeste”.