As estratégias de ensino são ferramentas que facilitam a interacção entre o professor e o aluno, aproximando o educando a realidade circundante, portanto, a forma como se desenvolve o processo de ensino e aprendizagem é determinada pelas estratégias usadas pelo professor, deste modo, adquire uma enorme importância no desenvolvimento de capacidades no aluno. Os meios de comunicação também têm facilitado e contribuído no processo de ensino aprendizagem na sala de aulas, a medida em que os mesmos ajudam os alunos a desenvolver as suas capacidades cognitivas ampliando deste modo os seus horizontes.
Conteúdos
Principais estratégias de ensino
São vários os tipos de estratégias de ensino e aprendizagem que os professores podem utilizar em sua prática, a destacar:
- Aula expositiva dialogada
- Trabalho em grupo
- Dinâmicas e brincadeiras
- Novas tecnologias
- Resolução de problemas
Não existe o meio mais ou menos adequado, isto, depende da realidade de cada escola, isto é, dentro das suas condições pode usar os disponíveis. Quanto ao professor há necessidade de juntamente com o aluno procurarem se esclarecer acerca da informação colhida nos meios.
Deste modo confirma-se a hipótese adiantada na introdução deste trabalho, a qual a multimédia, fotografia, vídeo, imagens, sons, filmes e computação gráfica, quando usados correctamente, constituem-se em ferramentas de apoio para a apresentação, construção e transmissão do conhecimento histórico produzido na sala, uma vez que estes recursos audiovisuais despertam a atenção dos alunos, tornando-os mais interessados e contribuindo para a melhoria da aprendizagem, estabelecendo uma relação de interacção com o conteúdo entre professores e alunos do ensino no ensino de história.
Numa perspectiva geral actividades do professor nas metodologias de análises fílmicas devem ser adequadas à capacidade cognitiva do aluno para possibilitar uma interacção com esse meio de comunicação. O uso do filme na sala de aula, requer uma mediação do professor na qual se adequa a faixa etária, plano anterior, adequação ao conteúdo trabalhado naquele período e assim por diante.
O método quanto ao critério cronológico
Os métodos quanto ao critério cronológicos são fundamentais para datar os a acontecimentos históricos e isso facilita o processo de periodização da história universal. Dos métodos quanto ao critério cronológico o nosso trabalho debruça muito mais sobre o método regressivo e progressivo pois são os destacados.
No decorrer dos tempos históricos, muitas concepções preconceituosas e autoritárias presentes na escola foram amplamente criticadas, explicitando teorias e práticas a serem refutadas. Não obstante todo este esforço, mantém em aparições contínuas ou esporádicas, travando, no espaço escolar, a luta permanente com uma escola comprometida com práticas de liberdade. Nesta, muito trabalho é empreendido no sentido do desvelamento da opressão, com oposição intensa. Trata-se de um trabalho de resistência cujo método é a teimosia, tramando uma “escola renitente”. Não se trata de duas escolas distintas por uma lógica dicotômica, mas da mesma escola habitada pelo que foi refutado e por aquilo que se interpõe enquanto resistência.
Vantagem e desvantagem do método cronológico
O método cronológico ajuda o aluno a saber como as épocas históricas está dividida;
Do melhor entendimento aos alunos acerca dos anos;
O método histórico em alguma vez a sua cronologia não é coerente.
Importância da contagem do tempo
Tempo em história é algo indispensável para o estudo, visto que, ele é uma das bases fundamentais da história, pois o tempo junto com o homem em sociedade, compõem a própria história. O historiador ao se apropriar do tempo, para datar suas pesquisas e acontecimentos neles estudados, dar o tempo o sentido e coerência pois é através do oficioso historiador que as datas são organizadas, o tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo.
A dinâmica das visitas de estudo
Utilização das visitas de estudo neste contexto deve ser claramente enquadrada na missão e nos objectivos do estabelecimento de ensino e adequada ao processo de ensino-aprendizagem da disciplina de História, uma vez que a mesma é “uma actividade curricular”, e, como tal, não deverá suscitar dúvidas da sua pertinência, bem como a sua inserção no Plano Anual de Actividades.
A comunidade escolar deve ter consciência das vantagens inerentes à sua realização segundo as orientações fornecidas pelo documento orientador supracitado.
Portanto as visitas de estudo têm vindo a ser consideradas por vários docentes e investigadores como uma estratégia revestida de várias potencialidades, capaz de motivar os alunos para a aprendizagem.
Organização e dinamização das visitas de estudo presenciais
As visitas de estudo podem ser dinamizadas em qualquer espaço, desde que haja criatividade as actividades poderão ser inesquecíveis para os alunos e muito produtivas em termos de aprendizagem. Os professores podem levar os seus alunos a museus, teatros, sítios com vestígios arqueológicos, monumentos, bibliotecas, arquivos, entre outros, pois todos os locais são oportunos, desde que tenham uma finalidade educativa.
Vantagens das visitas de estudo
- Os processos científicos13 e as várias técnicas de trabalho são desenvolvidos;
- As crianças ficam mais motivadas para aprender, independentemente dos conteúdos e das áreas curriculares em questão;
- O contacto mais real e concreto com o mundo14 que rodeia a criança é estimulado;
- Permitindo, igualmente, uma melhor percepção da relação entre teoria e prática;
- A aquisição, a consolidação e a compreensão de conhecimentos, são melhor atingidas.
Vantagens das visitas de estudo na área das Ciências Naturais e da História e Geografia
Ao nível da legislação, é muito claro que as visitas de estudo fazem parte integral dos programas de História e de Geografia. No entanto, elas são mais notórias nas orientações curriculares de Geografia, que referem as visitas de estudo como uma das possíveis experiências educativas que os docentes podem adoptar como estratégia de aprendizagem.
Mapa histórico, cronologia, esquemas e ilustrações no ensino de história
O uso de materiais diferenciados busca, principalmente, fazer com que o aluno se interesse pela disciplina de história. As imagens, assim como muitos outros recursos audiovisuais, ajudam o educador a atrair a atenção do aluno, mas não modifica categoricamente a relação pedagógica. O papel do professor nesse processo é indispensável, pois é ele que vai analisar o material e inserir no seu conteúdo de maneira dinâmica e produtora. Ao inserir as imagens como fonte de ensino/aprendizagem deve-se ter ciência de que elas possuem duas versões para o aluno: a de ilustração e a de transmissão de informação, pois seu uso de maneira adequada transforma o aluno, antes somente receptor de informação, em um criador de opinião. O aluno que aprende a analisar as imagens e compará-las com outros materiais de uso estratégico, certamente está produzindo conhecimento.
Função Didáctica dos Mapas Históricos
Utilizar mapas históricos em sala de aula envolve o diálogo e o trabalho conjunto com os colegas da Geografia, em que estes aplicariam noções de escalas e representações cartográficas, discutindo sua função e confecção, bem como, sua utilização para esta ciência. Amplia-se esta discussão ao indagar como os mesmos dados são utilizados diferentemente pelo geógrafo, pelo viajante, pelo engenheiro, pela administração política. As representações gráficas indicam não somente os aspectos económicos, políticos e naturais de uma região, mas, podem ser lidas a partir da perspectiva humana utilizada para o levantamento destes dados e principalmente, a ausência de referências, naturais ou humanas, nos chamados “vazios”. Esta consideração nos leva a reflectir sobre o que havia naqueles lugares, quais povos ou pessoas ali habitavam e porque não foram assinaladas.
Cronologia linear Simples
ʺA Cronologia linear simples consiste na listagem de vários acontecimentos por ordem no textoʺ. (JOAO, s/d, p. 86)
Exemplo: Cronologia das descobertas portuguesas
- 1415-Conquista de Ceuta
- 1434-Gil Eanes dobra o cabo Bojador alcançando a costa ocidental africana
- 1441- Nuno Tristão chega ao cabo Branco
- 1456- Descoberta do arquipélago de Cabo Verde
- 1460- Diogo Cão chega a Serra Leoa;
- 1471- Fernão Gomes chega a costa da Mina, actual Gana
- 1471/2- João de Santarém e Pedro Escobar descobrem o arquipélago de São Tome e Príncipe
- 1482/6- Diogo Cão chega ao rio Zaire e descobre a costa de Angola
- 1488- Bartolomeu Dias dobra o cabo da boa esperança e atinge o oceano indico
- 1948- Vasco da Gama chega a Moçambique e Índia
Função didáctica das ilustrações
Aprender a interpretar símbolos torna-se cada dia mais importante afinal, vivemos na era da tecnologia um tempo em que as informações são constantes, e a todo momento somos bombardeados por notícias e imagens de todos cantos do mundo, nesse contexto ensinar história não pode resumir-se a análises simples e descontextualizada de figuras de livros didácticos, devemos levar nossos alunos a questionar e desconstruir aquilo que eles vêem. Enquanto educadores devemos analisar como o conteúdo que trazemos pode ajudar nossos alunos, procurando saber como eles interpretam a realidade que o cercam.
O Método quanto ao modo de exposição: Biográfico, cíclico, conetrico e monográfico
O método biográfico é o uso sistemático de documentos que reflectem a vida de uma pessoa.
A partir de uma perspectiva interpretativa, o método biográfico permite, através das narrativas dos protagonistas de estudiosos contemporâneos ou a reconstrução de uma época, de um momento histórico de informação científica, tecnológica ou artística.
Objecto de estudo do método biográfico
Na perspectiva do Barros (2007), No método biográfico, o objecto de estudo é o indivíduo, na sua singularidade. Este é o aspecto incontornável e marcante desta metodologia. O levantamento de histórias da vida pode fazer-se com base em biografias, autobiografias, mas igualmente em diários, portfólios e outras fontes de informação similares. É enorme a riqueza e complexidade da informação recolhida. Esta é a razão pela qual estes tipos de estudos são também designados de intensivos, em oposição, aos de natureza extensiva, que recorrem a técnicas como os questionários estandardizados destinados a grupos mais ou menos extensos.
O método biográfico na formação docente
As metodologias de abordagem biográfica têm sido muito utilizadas no processo de formação docente. O professor vem sendo investigado e estimulado a falar sobre si, retratando seus saberes e suas potencialidades, por meio de sua voz.
A formação docente, nos últimos anos, tem voltado seu olhar para a pessoa do professor. Ouvir suas experiências, seus pensamentos e suas ideias têm contribuído para as pesquisas referentes à formação docente.
A importância
Se apresenta como uma reacção do humanismo ao positivismo, como um esforço teórico metodológico para recuperar o autor social como protagonista da realidade social.
Método Monográfico ou estudo de caso
O método monográfico consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações.
O estudo monográfico pode, também, em vez de se concentrar em um aspecto, abranger o conjunto de actividades de um grupo social particular.
Características do método Monográfico
- O estudo de caso é uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que colectam e registaram dados de um caso particular ou de vários casos a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma experiência.
- Trata-se de uma investigação radical de um caso, seja com especificidades particulares ou colectivas.
- A investigação deve observar todos os factores que o influenciaram e analisa-lo em todos os seus aspectos.
- Caracteriza-se por descrever um evento ou caso de uma forma longitudinal.
- Pressupõe um estudo aprofundado de uma unidade individual, tal como: uma pessoa, um grupo de pessoas, uma instituição, um evento cultural, etc.
- Quanto ao tipo de casos estudo, estes podem ser exploratórios, descritivos, ou explanatórios.
As fontes da história: documento histórico, manuais históricos e textos de apoio.
Fonte Histórica é tudo aquilo que, por ter sido produzido pelos seres humanos ou por trazer vestígios de suas acções e interferência, pode nos proporcionar um acesso significativo à compreensão do passado humano e de seus desdobramentos no presente. As fontes históricas são as marcas da história. Quando um indivíduo escreve um texto, ou retorce um galho de árvore de modo a que este sirva de sinalização aos caminhantes certa trilha; quando um povo constrói seus instrumentos e utensílios, mas também nos momentos em que modifica a paisagem e o meio ambiente à sua volta – em todos estes momentos, e em muitos outros, os homens e mulheres deixam vestígios, resíduos ou registos de suas acções no mundo social e natural.
Tipos de fontes históricas
São fontes históricas tanto os já tradicionais documentos textuais (crónicas, memórias, registos cartoriais, processos criminais, cartas legislativas, jornais, obras de literatura, correspondências públicas e privadas e tantos mais).
Importância de fontes históricas
Para os historiadores as fontes adquirem importância, principalmente, pelo conteúdo que transmitem. Isto posto, é importante considerar que estas ‘fontes de conteúdo’ também podem apresentar um suporte qualquer, ou uma materialidade que permite que o conteúdo seja exposto de uma maneira ou de outra. Se não houver um suporte material tradicional, como o suporte-livro ou qualquer outra forma de materialidade impressa, ao menos deve ocorrer ou ser assegurada a ocorrência de um meio de transmissão qualquer para este conteúdo.
Planificação Escolar em História
A planificação é uma prática corrente em todas as actividades humanas, especificamente as que são realizadas intencionalmente. é a previsão mais objectiva possível de todas as actividades escolares para a efectivação do processo de ensino e aprendizagem que conduz o aluno a alcançar os objectivos previstos; e, neste sentido, a planificação do ensino é uma actividade que consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor e os alunos farão na aula para conduzir os alunos a alcançar os objectivos educacionais propostos.
Fatores condicionantes da planificação
No PEA é importante planificar pelos seguintes factores: Prever os objectivos, conteúdos, métodos e meios de ensino, facilitar a preparação das aulas e as tarefas que se executa; actualização dos conteúdos, evita a rotina e a imposição, contribui para a realização dos objectivos visados, garantir maior segurança na direcção do ensino, garantir economia do tempo.
Características de uma planificação
uma boa planificação tem de ter sempre em conta os elementos como é o caso da unidade, continuidade e degradação, objectividade e realismo, precisão e clareza Guião de orientação: Onde são estabelecidas as directrizes e meios para a realização do trabalho docente com a função de orientar a prática partindo das exigência da própria prática, não podendo ser um documento regido. Segue uma ordem sequencial: através de passos lógicos, embora na prática os passos podem ser invertidos. Objectividade: Existência de correspondência do plano com a realidade. Coerência: Entre os objectivos gerais, específicos, conteúdos, métodos e avaliação assim como relação entre as ideias e as práticas. Flexibilidade: Onde o professor está sempre organizando e reorganizando o seu trabalho e sujeito a alterações.
Planificação do processo de ensino-aprendizagem em História
Uma das tarefas dos professores no início de cada ano lectivo é planificar, o que exige reflexão sobre aspectos indispensáveis à estruturação do processo de ensino-aprendizagem. Assim, de acordo com a maneira como o professor se posiciona e a sua maneira de ser, este terá que optar por um núcleo orientador que poderá ser segundo Proença (1989, p.23), o esquema conceptual, as capacidades a desenvolver ou os problemas sociais em torno dos quais se irá desenvolver a aprendizagem. A autora defende uma “ visão tridimensional do ensino que tenha em conta estes aspectos ”. Terá ainda que ter em conta as condições da escola e as características dos alunos.
Importância da planificação
No processo de ensino-aprendizagem, a planificação do PEA é importante devido ao facto de que: Assegura a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina. Permite a previsão dos objectivos, dos conteúdos e dos métodos, a partir da consideração das exigências postas pela realidade social, do nível de preparação e das condições socioculturais e individuais dos alunos.