Por volta do sec.V a.C inicia um novo período na história da filosofia, o qual podemos chamar de período socrático ou antropológico. Esse é também chamado período clássico de filosofia.
Este período caracterizou-se pela preocupação no estudo do Homem.
Mais uma vez, temos uma palavra de origem grega composta por duas outras: (antropos e logos), que antropos significa Homem e logos ciência ou estudo de um determinado assunto. Portanto, é ciência ou estudo do Homem.
Conteúdos
Os sofistas
A palavra sofistas deriva do grego (sophos), que significa sábio, eram chamados sufistas porque achavam se sábios, detentores de todo o conhecimento.
Estes eram professores e mestres que formavam muitos de antenas, eram capazes de ensinar todas as ciências e artes (medicina, direito, literatura, gramática, religião, etc.). e quando os sufistas andavam ensinando jovens pelas cidades, praças publicas, faziam-no em troca de dinheiro, eles vendiam o seu conhecimento.
Os sofistas como Protágoras de Abdera e Gorias de Leontinos eram educadores pagos pelos alunos. Pretendiam substituir a educação tradicional, destinada a preparar guerreiros e atletas, por uma nova pedagogia preocupada em formar o cidadão da nova democracia ateniense.
A doutrina filosófica dos sofistas
A principal doutrina filosófica dos sofistas era (o Homem é a medida de todas as coisa), defendida por Protágoras um dos mais importantes sofistas da época.
Aplicada ao homem individual e concreto, esta medida conduz a duas perspectivas do conhecimento humano: Relativismo e Cepticismo.
Perspetivas do conhecimento humano
Relativismo
Defende que, não há verdade absoluta e universal mais uma diversidade de opiniões.
Ceticismo
Defende que, há verdade absoluta, mais não é possível conhece-la.
Esta posição céptica também evidenciada pelo sofista Gorgias, que defende que nada existe, mesmo se existisse não poderia ser conhecido.
Sócrates (470-399 a.C)
Nascido em Atenas, Sócrates é tradicionalmente considerado um marco divisório da história da filosofia grega. Por isso os filósofos que o antecederam são chamados pré-socráticos, e os que sucederam de pós-socráticos.
Filho do pai escultor e mãe parteira. Esta profissão da mãe teve grande influência no método socrático que ele chamou Maiêutica.
Sócrates educava a juventude tendo em conta os valores universais ao contrário dos valores temporais e relativos que os sofistas ensinavam. Contrariando o pensamento dos sufistas que achavam-se sábios, ele dizia: só sei que nada, mas nisso supero a todos outros que nem isso sabem. Por ter arrastado multidão e por ter tido audiência e admiração, sobre tudo de jovens foi acusado de infidelidade de introduzir uma nova religião e novos deuses que lhe antecedeu a morte.
Foi condenado a tomar um veneno mortal (ciuta).
Missão do Sócrates
A sua missão especial era de incentivar os jovens a se preocuparem com os seus próprios alunos, procurando adquirir virtude.
Sua intensão era de salvar a Grécia do caos epistemológico, queria corrigir os erros causados pelos sufistas.
Diferença entre Sócrates e Sofistas
- Sócrates não usou a linguagem retórica ensinada pelos sofistas;
- Não fundou nenhuma escola para ensinar as suas doutrinas;
- Não vendia o seu conhecimento;
- Sócrates dizia que ninguém era capaz de ensinar tudo,
- Sócrates não ensinava a verdade, mas ajudava os seus discípulos a descobrirem a verdade dentro deles mesmos.
Método socrático
A ironia e a maiêutica. Sócrates privilegiou o diálogo no seu ensino, ele considerou-se ignorante, mas claro que era uma ignorância irónica, ele quis contradizer os sufistas que se gabavam de saber todas as coisas.
Ele praticou a maiêutica, perguntando aos seus alunos sobre a justiça, a verdade, a sabedoria, amoral. Portanto, por meio desta análise ele despertou curiosidade dos seus ouvintes levando-os ao conhecimento da essência mediante as definições que ele dava, não impondo os seus conhecimentos mas sim ajudando a dar luz a verdade.
Maiêutica
A maiêutica é a arte de dar luz ao conhecimento ou verdade impondo uma interrogação a caminho da solução. Este método consiste em questionamento sobre coisas que não se sabem.
Ironia
A ironia é um método de perguntar sobre uma coisa em disfunção de delimitar sobre um conceito irrefutado.