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Antecedentes da penetração árabe persa na região que hoje é Moçambique
Na visão de Ferreira (1982, p.42), o período pré-colonial também divide-se geralmente em duas fases: a Idade Antiga do Ferro e a recente Idade do Ferro. O primeiro período localiza-se entre os primeiros cinco séculos d. C., início da expansão Bantu, até cerca de ano 1000 d. C. Este tem como marco característico a povoação do subcontinente da África Austral pelos primeiros grupos Bantu, com destaque ao povoamento da região planáltica entre o alto Limpopo e o Zambeze, no sul de Moçambique
Ainda este período marca o advento dos navegadores asiáticos oriundos da Indonésia, Arábia e Índia. Este factor veio iniciar profundas transformações não só pela sua contribuição em plantas alimentares, mas também pela sua influência no início das trocas comerciais com o ultramar. Porém, os contactos com o mundo ultramarino afectavam unicamente a região aurífera planáltica entre o Limpopo e o Zambeze e tinha Sofala como seu principal porto marítimo.
Localização e fixação dos árabes-persas na região que hoje é Moçambique
Segundo Serra (2000, p. 25), por volta dos séculos IX-XIII, a fixação dos povos provenientes do Golfo Pérsico na região que hoje é Moçambique manifestou-se de uma forma muito lenta, isto é, a sua fixação decorreu de uma forma gradual, foi um processo onde o Indico era um dos seus principais centros comerciais no século X.
Segundo o Departamento de Historia da UEM (1988, p. 57), as populações asiáticas fixaram se lentamente entre os séculos IX e XIII, nas Ilhas de Zanzibar e de Pemba. E no século XIII verificou-se maior número de emigrantes que se estabeleceu em entrepostos comerciais ao longo da costa oriental africana e houve um comércio activo nas regiões de Sofala, e foi nesta época em que Mogadíscio tornou-se um centro comercial de ouro durante o século XII e que foi substituído pelo Quíloa a sul de Tanzânia.
Na óptica de Niane (2010, p. 513), os mercadores árabes oriundos da Arábia do Golfo Pérsico estenderam a sua expansão em direcção a costa Oriental, começando do Chifre da África a Madagáscar para a efectivação de um intercâmbio comercial e intercontinental. Os melhores centros comerciais foram os da região de Sofala, Quíloa e Mogadíscio.
Ao avaliar de Macagno (2006, p. 253), é possível notar uma grande presença muçulmana em Moçambique, marcada não apenas por sua quantidade, mas também pela diversidade de “Islão” presentes no território. Essa variedade se dá pela maneira como o território moçambicano foi ocupado antes de os portugueses lá chegarem. A presença islâmica na Costa Oriental africana teve início no século VII, com a actuação dos comerciantes e dos navegadores árabes e persas, que formaram centros populacionais como Sofala, Moçambique, Quíloa e Pemba.
Na óptica de Garcia (2003, p. 190), esses primeiros estrangeiros na região optaram por se estabelecer primeiramente nas ilhas de Angoche e Moçambique, para se protegerem dos bantos orientais, e mais tarde ocuparam a Costa. Por esse motivo, a presença muçulmana na região norte e na costa é até hoje mais intensa.
A fixação desses comerciantes muçulmanos no território foi permeada por inúmeras dificuldades, que iam desde a resistência da população local à entrada de estrangeiros, a existência de terrenos inóspitos até a falta de centros populacionais, no interior, com recursos que pudessem atrair o interesse de mercadores. Apesar disso, a região de Moçambique sempre atraiu um número maior de comerciantes, que vinham em busca de ouro e marfim
Região de Sxczaofala
SedundoAl- Massud apud Departamento de Historia UEM (1988, p. 59), sustenta que Bilad as Sufala (“terras de Sofala”) dependia do Sayuna um centro comercial localizado na foz do rio Zambeze, e ainda avança afirmando que os Zanj controlavam o interland a partir das cidades costeiras. Os barcos indianos apostados a estes lugares faziam trocas comerciais de tecidos por ouro ou seja eles traziam tecidos e levavam dos africanos ouro e outros metais.
Sofala era o limite ao estremo sul visitado por Omanitas (de Oman, a sudeste de península arábica) e Sirafes (de Siraf, porto de Xiraz no Golfo Pérsico). Na sua opinião Sofala não definia qualquer estabelecimento particular, mas significava “Baixio” ou terras baixas
Região de Sena
Sengulane (2013, p. 35), postula que Sena foi fundado pelos Árabes, tornando-se uma cidade portuária por estabelecer uma localização na planície aluvial, onde o rio Zambeze e o Chire desaguam. Ao mesmo tempo funcionava como um local de embarcação de caravanas comerciais e de exércitos militares.
Atividades comerciais dos árabe-Persa
Comércio de ouro
Na visão de Ki-Zerbo (1978, p. 11),a expansão dos muçulmanos pelo Oriente de África, no processo das actividades comerciais pela procura do ouro no Zimbabwe, a parenta também ter proporcionado mudanças na região do Zambeze. Aventa que para algumas regiões foi uma oportunidade de quebrar o silêncio dos tempos remotos e conhecer novas culturas a partir de intercâmbios comerciais. O mesmo autor em (2009, p. 156), retomou a análise desse assunto tendo defendido que por volta do século VII a meados do século XII, maior parte das cidades costeiras do Ocidente atingiam o apogeu por conta do comércio de ouro que os Árabes praticavam nas regiões de Sofala, Zambeze, assim como o comércio de escravos.
Para Newitt (1995, p. 8-9), o comércio árabe principiou a prosperar por volta do século VII, no momento em que iniciaram a penetrar à costa oriental da África, vindo de diversos pontos de regiões da Ásia. Estes detinham como objectivo, realizar trocas de seus produtos com os das terras africanas, nomeadamente: panos de algodão, missangas, sal, louça, erecebiam em troca ouro, marfim, ferro, cobre e peles de animais. Por vezes levavam também escravos.
Departamento de Historia da UEM (1988, p.24), afirma que, os mercadores asiáticos estabeleceram relações comerciais com algumas sociedades da região, como a Sofala que era o principal centro comercial de troca. Um dos produtos mais procurados pelos mercadores asiáticos era o ouro. Onde por sua vez reis e chefes da linhagem dependiam das relações comerciais com os asiáticos onde recebiam em troca, missangas e tecidos.
Na perspectiva de Serra (2000, p. 52), por volta do século XI ainda se fazia sentir as actividades mercantis swahili e árabe na região que hoje é Moçambique, e que ainda se manifestava a presença de alguns mour no império de Nwenemutapa, onde não só simplesmente praticavam as actividades comerciais, como também passaram a trabalhar o ferro e o cobre. Porém antes da chegada dos mercadores portugueses, cerca de 400 mouros ainda se estabeleciam em Sofala, onde o ouro era o seu principal artigo de comércio, que era controlado pelos Swahili-árabes vindo do Império de Nwenemutapa.
Na visão de Serra (2000),
“O comércio de ouro alargou-se antes ou provavelmente no século X, tendo como pioneiros os arabes-swahili até 1693, ano em que culmina com a grande resistência por parte dos moçambicanos que a mesma resistência foi dirigida por Changamire Dombo”. (p. 85)
Do extracto acima citado conclui-se que o comércio de ouro vinha se desenvolvendo desde o século X, até 1963 ano em que Changamire Dombo Chefe de Bútua levou a cabo uma expedição militar contra os portugueses, tendo lhes expulsado, marcando assim o fim a fase do ouro e inicio da fase do comércio de marfim.
Na óptica de Lobato (1962. p.10), os hindus também traziam mercadorias Orientais, principalmente tecidos indianos e chineses, para serem trocados por ouro, marfim e escravos. Estes produtos eram bem aceites nos mercados muçulmanos e Orientais. O primeiro português que esteve na África oriental foi Pêro da Covilhã, enviado pelo rei D.João II para verificar as potencialidades económicas do comércio com a índia, Pêro Covilhã esteve em Sofala em 1489, nove anos depois, Vasco da Gama passou pelos portos e Ilhas da África Oriental em seu caminho até a índia.
Comércio de Marfim
Segundo Newitt (1995, p.364), o comércio de marfim criará todo um sistema de relações sociais e de comunidades cujas fortunas dependiam uma da outra. Foi deste modo que os chefes se transformaram em parceiros de peso no que respeitava ao comércio do marfim, papel, este que não paravam de enfatizar, já que tudo fazia na tentativa de controlar as feiras onde o marfim era vendido aos chefes das caravanas.
Departamento de Historia da UEM (1988, p. 95), defende que, os Ajaua eram grandes fornecedores de marfim para ilha de Moçambique, que tinha o seu destino finalidade ser exportado para a índia em grandes barcos onde depois do seu destino, era aproveitado para o fabrico de objectos de adornos para eventos nupciais hindus.
Repercussões da presença árabe-Persa na região que hoje é Moçambique
Repercussõesno âmbito Sociopolíticas
Para Sengulane (2013, p. 28), os reinos Afro-Islâmico encontravam-se localizadas na zona costeira de norte de Moçambique especialmente na região Makua, que foi fundada por volta de século XVI, tendo desenvolvido a arena do comércio a partir do contacto estabelecido com os árabes na Costa Oriental da África. Onde mais tarde tornaram-se principais portadores de exportação de escravos para as ilhas do Índico, cidades-estado da costa como, Zanzibar. Por se tratar de sociedades que se situavam numa área privilegiadamente matrilinear, é suposto que elas se estruturariam de acordo com a linha feminina. Entretanto, a que considerar o factor da influência islâmica, cuja sociedade de origem desta religião organiza-se segundo uma linha patrilinear, o que fez com que estas sociedades assumissem ora uma outra forma de organização.
Departamento de história da UEM (2000, p. 113), há referências segundo as quais durante três gerações após sua fundação a sucessão seguia um modelo patrilinear directo. Acontece porem que por morte do quarto sultão, na inexistência de um descendente varão assumiu o cargo sua irmã casada numa outra linhagem. Com o falecimento desta houve tentativas de retorno do poder para a linhagem patrilinear o que terá gerado uma guerra civil. Já em sangage predominou a sucessão pela linha feminina.
Na visão de Serra (2000, p. 111), o impacto da penetração mercantil árabe-Persa contribuiu para o surgimento de novas unidades políticas, os reinos Afro-Islâmico da costa que são: os Xeicados de Quitangonha, Sancul, Sangage, e o Sultanato de Angoche. Porém as classes dominantes destes reinos controlavam clandestinamente o tráfico de escravos para Zanzibar, Madagáscar e Golfo pérsico depois da abolição oficial do tráfico de escravos em 1836 e mais tarde 1842.
A sucessão do poder durante três séculos após a fundação, por exemplo do sultanato de Angoche era feita de acordo com a linhagem patrilinear directa onde na morte de um sultão na ausência de um descendente masculino atribuía-se o cargo a sua irmã casada numa outra linhagem. Ainda na visão do mesmo autor, a sociedade estava hierarquizada da seguinte forma: No topo se encontrava um sultão ou um xeique, que era o chefe máximo e ao mesmo tempo líder religioso. O soberano, que era auxiliado na governação por um conselho constituído por parentes próximos da linhagem real
Ki-Zerbo (1990. P.157), afirma que, os habitantes destas cidades eram bastante influenciados pela cultura Islâmica. A língua desta população miscigenada chamava-se Swahilis, que significa a “costa” em árabe: uma mistura de Bantu com palavras árabes. Aprofundamento das desigualdades socias; surgimento em Moçambique de novas unidades politicas denominadas Reinos Afro-islâmico da costa (sultanatos de xecados); os casamentos.
Repercussões no âmbito económico
Para Sengulane (2013, p. 28),os dirigentes seriam, por sua vez, também brutalmente explorados pelos comerciantes asiáticas que, nas primeiras fases do intercâmbio, trocariam uma mão-cheia de ouro por outra mão-cheia de missangas ou por alguns metros de tecidos, bens que utilizavam para adornar as suas numerosas mulheres e para marcarem a sua distinção pelo vestuário considerado deslumbrante. Só progressivamente os mecanismos da oferta e da procura (esgotamento do ouro e superabundância de tecidos e missangas) conseguiram melhorar tão degradadas razões de troca.
Na visão de Serra (2000, p. 55), no âmbito do comércio, o Estado de Mwenemutapa estava ligado com os árabe-Persa e com os Portugueses, e este comércio era efectuado pelos chefes locais, os intermediários, que serviam como elo de ligação entre os chefes locais e os estrangeiros, isto é, levavam os mercadores do interior para a costa. Os árabes traziam missanga, tecidos, para além dos tecidos e missangas comprados na índia, os portugueses traziam o vinho e em troca recebiam ouro. Os tecidos e missangas perdiam a sua qualidade de mercadorias ao entrar no Estado e transformavam se em bens de prestígios, suportes de lealdade política e de submissão.
Sengulane (2013, p. 22), defende que as Yãos parecem terem começado a manter suas relações comerciais com os árabes de Kilwa, situados por volta do século XIII, enquanto estiveram no seu berço, trocando marfim e escravos que compravam com os artefactos de ferro que eles fabricavam nos povos vizinhos.
Na visão de Ferreira (2005, p. 16) acumulação por parte dos aristocratas de bens de prestígios. Acumulação primitiva de capital por parte dos comerciantes. Introdução de algumas culturas como banana, coco, laranja, limão, cana-de-açúcar e arroz.
Repercussões no âmbito cultural
Segundo Newitt (1995, p. 31), os mercadores que operavam fora destas cidades, Quíloa, Sofala, Angoche, Sena e Tete, uniam-se através de casamento com as famílias muçulmanas de prestígio que controlavam o comércio oceânico e com os chefes cujas terras eram atravessadas pelas suas caravanas. Para mais como a família, comércio e a religião eram sempre inseparáveis. O Islão começou a espalhar-se no vale do Zambeze a partir dos entrepostos que se tinham estabelecido, partilhavam as mesmas preocupações de uma sociedade agrícola, reconhecendo as obrigações de linhagens e consultando os espíritos mediúnicos.
Na perspectiva de Sengulane (2013, p. 33), a estadia dos árabe na região que hoje e Moçambique foi evidenciada pela proliferação das mesquitas, antigas famílias de mercadores muçulmanos dirigidas por um Sheik, estabelecia um vinculo com as famílias africanas nas praticas comerciais com os Estados Carangas de Bútua e Maungwe, servindo-se do velho porto de Mambone e da rota do Save.
Departamento de História de UEM (1988, p.59), avança que com as actividades comerciais feitas por mercadores asiáticos em Moçambique originaram casamentos com grupos locais, que no Quénia e na Tanzânia deram cultura uma origem Swahilis, em particular deram o surgimento de vários núcleos linguísticos em Moçambique como: Os Nwani na costa de Cabo Delgado com a influ6encia da língua Maconde e macua; Os Naharra na ilha de Moçambique assim como nos continentes vizinhos; Os koti de Angoche.
Na visão de Ferreira (2005, p. 18), o intercâmbio entre os Árabo-persas e as comunidades africanas, do actual território de Moçambique, surgiu uma cultura costeira a cultura swahili bem como novos núcleos linguísticos destacando-se os seguintes: (I)MWANI (Cabo Delgado), (II) NAHARRA (Ilha de Moçambique. e arredores ao longo do litoral norte de Nampula), (III) KOTI (em Angoche).
Sob o ponto de vista cultural a influência dos mercadores asiáticos teve como reflexos a adopção dediversos elementos tais como: (I) no vestuário o uso do cofió, lenço, capulana e da túnica; (II) no calçado a utilização das sandálias/chinelos; (III) na dança a difusão do tufo (dança praticada por mulheres) e do molide/maulide (dança mágico-religiosa praticada essencialmente por homens); e (IV) na alimentação destaca-se a utilização de diversos temperos orientais (canela, açafrão, gengibre, pimenta etc.).
Gonçalves (1958, p. 129) destaca que, nos primeiros anos da ocupação no território moçambicano, os muçulmanos não chegaram a converter os africanos de maneira massificada, pois, apesar de os comerciantes muçulmanos árabes, persas e indianos terem conseguido arabizar uma grande quantidade de nativos por causa das relações comerciais, esta islamização foi superficial.
Os povos recém-islamizados possuíam tendência reivindicadoras ao ensino oficial do árabe e a protecção da cultura islâmica. E que os muçulmanos poderiam não se sentir obrigados a cumprir as leis oficiais do país, apenas a lei corânica, já que ela objectivava regular não apenas a vida religiosa, mas a social e até a política. Como exemplo, o autor usa o caso do Norte da África e da Guiné portuguesa, em que os muçulmanos não se consideravam franceses nem portugueses, mas sim árabes descendentes de Meca.
Ainda na visão do Gonçalves (1958),
“E se, por enquanto, não se assinalar nestes territórios africanos uma revolta aberta – como acontece no Norte da África – orientada e inspirada pelos muçulmanos, também é verdade que as ambições do Islão podem, de um momento para o outro, atear fogo em toda a África Ocidental, bastando, para tanto, que os dirigentes muçulmanos julguem chegada a hora de se cumprir a profecia de Maomet, que ‘prometeu a esse mundo [árabo-islâmico] uma enorme extensão de domínio’ – de Gilbratar ao Oceano Índico – que os súbditos de Allah, nas suas peregrinações a Meca, lembram ao seu Deus, na esperança de ver realizada a profecia” (p.129)
Do exposto supracitado conclui-se que os africanos devem prestar muita atenção no que respeita os interesses do Islão pela África. Porém antes de eles principiarem as suasmanifestações de modo a concretizar os seus anseios, deve-se tomar uma precaução severapara não o seu comprimento, porque com a África Oriental islamizada significa que haverá maior facilidade de penetração dos asiáticos em toda a extensa região leste africana, incluindo a parte norte de Moçambique.
Na perspectiva de Sengulane (2013, p. 33), em Moçambique a influência árabe é visível pelo surgimento de uma nova língua swahili, que surgiu do contacto entre os Moçambique e os árabes e os koti em angoche. E também assistida uma forte influência da religião islâmicaso uso dos cofiós e o Mwalide são reflexos da cultura árabe.Outra influência foi a formação ou delimitação dos grupos etino etnolinguísticos em Moçambique.
Vestígios deixados dos árabe-Persa na região que hoje é Moçambique
Ferreira (1982, p. 19), sustenta que o povo árabe-Persa, deixou vários vestígios entre a população moçambicano, para além da islamização dos habitantes do litoral norte e de parte dos Ajauas (Yãos), plantas alimentares, incrementar as trocas comerciais
Departamento de História de UEM (1988, p. 62),acrescenta que a difusão das invenções técnicas dos chineses, sobretudo da bússola, contribuiu para a intensificação do tráfego marítimo no Oceano Índico difundem-se pela costa oriental as plantas de origem asiática como:Bananeira, os inhames, coqueiro, mangueira, cafezeiro, Citrinos e diversas variedades de arroz e a técnica de tecelagem de panos de algodão que estes árabes trouxeram em Moçambique. Os navegadores indonésios introduziram também técnica de construção de barcos de balanceiro, que ainda hoje são feitos em Inhambane, e em Pemba.
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