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Nacionalismo e Liberalismo no século XIX

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Agosto 26, 2022
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Nacionalismo e Liberalismo no século XIX

A História está permeada de ideologias, conjunto de pensamentos ou de doutrinas que influenciam a vida social e as orientações políticas. O nacionalismo e o liberalismo são duas ideologias conviventes que influenciaram as grandes mudanças sociais, econômicas, culturais e políticas que caracterizaram o séc. XIX, desde a queda do parlamentarismo norte-americano, até o triunfo da industrialização capitalista e o nascimento dos novos Estados

A primeira metade do séc. XIX será identificada como a época da onda revolucionária de 1820, nome dado à série de revoluções (1820, 1830 e 1848) que enfrentaram monarquistas e liberais, e que concluíram na restauração da monarquia, porém orientada por princípios constitucionais de caráter liberal

O liberalismo reagiu contra o absolutismo no momento em que a burguesia estava a se consolidar e não pretendia perder sua influência política. O nacionalismo fortaleceu-se depois da Revolução Francesa e do Império Napoleônico, que fizeram acordar a consciência nacionalista nos Estados europeus e da necessidade do equilíbrio de poder para evitar o desastre da guerra

Mas nem os liberalistas, nem os nacionalistas ficaram contentes com as decisões do congresso de Viena, e a partir de 1820 enfrentaram-se violentamente contra os princípios da Restauração e, enquanto ideologias tornaram-se mais complexas.

Conteúdos

O Liberalismo no século XIX

Segundo Conde, (2016: 41), o liberalismo é um conjunto de ideias políticas, intelectuais, religiosas e econômicas que refletiram os ideais burgueses do século XIX, opondo-se ao despotismo ilustrado e ao absolutismo.

O liberalismo é um dos grandes fatos do século XIX, século que ele domina por inteiro e não apenas no período onde todos os movimentos alardeiam explicitamente a filosofia liberal. Muito depois de 1848 ainda encontraremos grande número de políticos, de filósofos, cujo pensamento é marcado pelo liberalismo

O Liberalismo Econômico nasceu com a Revolução Industrial, e sustenta a tese de que a motivação para o agir do ser humano é o interesse individual, apoiando radicalmente a iniciativa privada e ensina que o Estado deve interferir na economia o menos possível, pois ela rege-se pelas suas próprias leis: a livre iniciativa individual, a livre competência e o livre funcionamento das leis do mercado

a) O antecedente imediato do liberalismo econômico

  • A não intervenção do estado;
  • A livre iniciativa; e
  • A existência das ‘leis naturais’ do mercado dos produtos agrícolas (a principal fonte de riqueza).

O nacionalismo no século XIX

O nacionalismo foi, durante a Revolução Francesa, (séc. XVIII), o sentimento que permitiu considerar a Pátria como uma entidade soberana, em oposição ao monarca. Durante o século XIX, o nacionalismo se desenvolveu inspirado em uma dos principais ideais da Revolução Francesa, o qual diz que todos os povos têm o direito de determinar-se a si mesmos.

Ronda dos Movimentos Revolucionários (1820, 1830 e 1848)

Movimento Revolucionário de 1820

Europa enfrentou uma grave crise económica a partir de 1816, surgida, em parte, pela reestruturação da economia que estava a se adaptar aos tempos de paz. Os preços nos produtos agrícolas oscilaram gravemente, a indústria parou, as forças da Restauração, ainda presentes, impediram implantação dos planos económicos dos Estados e as massas populares estavam descontentes. Os movimentos revolucionários de 1820 foram instigados pela burguesia com o intuito de promover os ideais do liberalismo e o nacionalismo em um ataque frontal contra o Antigo Regime e a Restauração. As revoltas ocorreram na Península Ibérica, na Rússia, nos Estados Pontifícios, nos Reinos de Nápoles e Sicília, no Piemonte, na Grécia e nas Colónias Espanholas.

O povo grego, havia vários séculos em completa dependência das autoridades turcas (Otomanos). Em Março de 1821 estalou uma revolta que se espalhou rapidamente, e em Janeiro de 1822 uma assembleia nacional reunida no Epidauro declarou a Grécia independente. Isto foi apenas o começo da luta. Os Turcos responderam com uma impiedosa selvajaria. Toda a população grega da ilha de Quios, que contava mais de cem mil pessoas foi massacrada ou reduzida à escravatura. Este massacre bestial foi imortalizado pelo famoso pintor francês Delacroix numa das suas telas. Numerosas forças do exército turco foram enviadas para reprimir os revoltosos

Na perspetiva de Castilhos, (2010: 88), os gregos lutaram valorosamente pela liberdade da sua pátria. Destacamentos de guerrilhas infligiram aos opressores turcos sérios golpes. A força do movimento grego de libertação estava no facto de que era um movimento popular no qual todo o povo tomava parte. Muitos chefes de valor surgiram das massas, dos quais o mais notável foi sem dúvida Makriyannis.

Em 1825, um poderoso exército egípcio comandado por Ibrahim Pacha ergueu-se contra a Grécia. O governo do sultão, que não era suficientemente forte para aguentar a situação sozinho, voltou-se para o seu estado vassalo, o Egipto, a conselho de Metternich, procurando ajuda para esmagar os revoltosos gregos

Contudo, os patriotas gregos continuaram a lutar com bravura, preferindo a morte à rendição. A luta tornou-se cada vez mais desesperada. Interesses contrários que tinham surgido entre as potências europeias em relação ao Médio Oriente e rivalidades pelas esferas de influência na Grécia levaram-nas a intervir na questão grega. A 20 de Outubro de 1827, uma esquadra combinada de navios de guerra ingleses, franceses e russos destruiu completamente as esquadras egípcias e turca

a) Movimento de independência da Grécia

Em 1827, a Santa Aliança se uniu aos grupos revolucionários gregos, em vez de se opor a eles. Fazendo isso, a Santa Aliança traiu seus próprios ideias (se opor a movimentos revolucionários protegendo o absolutismo). Isso aconteceu porque a Santa Aliança era liderada pela Rússia e esta queria uma saída para mares quentes no Mediterrâneo. Ajudando os gregos a conseguirem sua independência, a Rússia poderia ter uma saída para os mares que não congelavam doada pela Grécia. Após esse fato a Santa Aliança ficou desacreditada e foi desfeita

(i) Características

  • Foi a primeira onda revolucionária que abalou a Europa depois das Guerras Napoleónicas.
  • Os eixos ideológicos foram o liberalismo e o nacionalismo.
  • Os países mais afectados foram os do sul da Europa, como a Espanha, Itália e a Grécia.
  • Na França, acirraram o debate entre monarquistas e liberais.
  • Os revolucionários mantinham a monarquia, mas submetida a uma Constituição,

Movimento Revolucionário de 1830

Em 1830, as lutas anti-absolutistas iniciaram na França, também movidas pela burguesia. Rapidamente estenderam-se à Bélgica, Itália, Alemanha, Polônia, Áustria, Grécia, e a Península Ibérica. A jornada revolucionária de 1830 congregou liberais e nacionalistas, a baixa burguesia, o baixo clero e as massas populares, que padeciam com a fome desde 1827.

Felipe de Orleans foi entronado contrariando o Congresso de Viena e substituindo a dinastia dos Borbones. Depois do triunfo liberal em Paris, os liberais belgas sentiram-se fortalecidos. Além do mais, contavam com a anuência do Congresso de Viena

Os levantamentos de 1820 semearam o liberalismo doutrinário, moderado, aliado à alta burguesia, enquanto os de 1830 consolidaram à alta burguesia no poder e deixaram insatisfeita à baixa burguesia, que pugnava pelo liberalismo democrático,.

(ii) Características do Movimento revolucionário de 1830

  • A Revolução de 1830, na França, teve caráter liberal e antia-bsolutista. Em outros países da Europa, assumiu também um caráter nacional, contrário às diretrizes do “Congresso de Viena”.
  • 1824 – Carlos X assumiu o trono francês, queria restabelecer o absolutismo do antigo regime (partido do ultras).
  • 1830 – Eleição para o parlamento, a oposição liberal conquistou a vitória.
  • Carlos X, respondeu com as Ordenações de Julho

Conde, (2016: 42) afirma que, as revoluções de 1830 revelaram as contradições do liberalismo com os interesses da grande maioria da população e evidenciaram que no sistema proposto por essa ideologia unicamente um grupo social sai favorecido: a burguesia.

A partir de 1830, o liberalismo se dividiu em:

  • Moderado (também conhecido como doutrinário); e
  • Progressista (também conhecido como democrático).

Liberalismo moderado ou doutrinário:

  • Sufrágio censitário, ou seja, restrito aos cidadãos que cumprissem os requisitos para adquirirem o direito de votar (ser homem, com um determinado nível econômico e de formação, tipo de profissão, e outros).
  • Soberania nacional.
  • Monarquia Constitucional (com superioridade do rei sobre o Parlamento).

 Liberalismo democrático ou progressista:

  • Sufrágio Universal (ainda que na época fosse um direito exclusivamente masculino).
  • Soberania popular.
  • Monarquia Constitucional (com superioridade do Parlamento sobre o rei), ou República.

No final dessas ondas revolucionárias, o Continente Europeu ficou dividido em dois bandos doutrinários e políticos. No oeste, a Europa liberal de Grã-Bretanha, Bélgica, França, Portugal e Espanha. No oriente, Áustria, Rússia e Prússia, ainda dominando Europa central e oriental. Mas o nacionalismo continuou a fermentar, preparando as revoluções de 1848.

Movimento revolucionário de 1848

A crise agrícola, a falta de crédito, a ausência de liberdade, a influência do romantismo e o desejo de criar Estados liberais fizeram explodir uma nova onda revolucionária, (a de 1948). Ela estourou em alguns dos países que já tinham padecido a guerra, como a França, Itália e Alemanha. Bélgica, Suíça e Grécia já tinham conseguido a independência, e por isso ficaram em paz

Polônia estava afogada pelos russos. Não utilizou armas, porque não podia. As lutas mais fortes aconteceram nos lugares mais distantes dos ideais liberais, ou seja, na Europa dominada pelo Império Austríaco

Os motivos das revoltas nas revoluções de 1848 obedecem às circunstâncias políticas diferentes a cada nação e estão localizados em zonas geográficas também diferentes. No oriente europeu o liberalismo democrático lutou por abolir as estruturas arcaicas da monarquia. No ocidente, a guerra substituiu às dinastias monárquicas pelas repúblicas. Ou seja, dentro do liberalismo como um todo existia um enfrentamento interno: os moderados (doutrinários) enfrentaram os democratas

A pequena burguesia, que tinha ficado descontente, e sem poder nas revoluções de 1830, conseguiu o apoio dos operários e atacou a alta burguesia doutrinária. Os democratas lutaram pela abolição do voto censitário e por estabelecer o sufrágio universal. Eles “criticam o liberalismo moderado de pregar somente uma igualdade jurídica e esquecer-se dos fortes contrastes sociais entre ricos e pobres”

Na ótica de Conde (2016: 47), o ano de 1848 é o ano das primeiras reivindicações operárias. A Europa está se industrializando a níveis cada vez mais acelerados. As cidades estão crescendo formando bairros operários e junto com o liberalismo democrático e o nacionalismo, surge uma nova força política, ainda que incipiente: o socialismo.

(iii) Fatores do Movimento Revolucionário de 1848

  • O liberalismo, contrário às limitações impostas pela monarquia absoluta;
  • O nacionalismo que procurou unir politicamente os povos de mesma origem e cultura;
  • O socialismo surgido nos movimentos de 1830  que pregava a igualdade social e econômica, mediante reformas radicais;
  • Crises econômicas na Europa entre 1846 a 1848 (estagnação das indústrias e secas);
  • Alta do preço dos alimentos e fome dos operários e camponeses.

No entanto, as revoluções de 1848 não podem considerar-se um fracasso explícito, pois conseguiram alguns avanços sociais como o sufrágio universal (masculino) na França, a abolição da servidão e a libertação dos camponeses no Império Austríaco, a experiência piemontesa italiana, antecedente da unificação do País, o fortalecimento do Estado Prussiano e o Parlamento de Frankfurt.

Referências Bibliográficas

BRIGS, Asa – CLAVIN, Patrícia. História Contemporânea de Europa, 1789-1989, Barcelona, Crítica, 1997, p. 133.

CONDE, Gerardo Acerves. História Contemporânea. 1ª Ed. INTA. Sobral, 2016.

DE CASTILHOS, Carlos Daniel, “A Casa de Bragança e a Coroa Grega: uma cartada nas relações internacionais da Grécia revolucionária em 1822”, XIV Encontro Regional da Anpuh-RJ, 2010.

HOBSBAWM Eric J., A Era das Revoluções 1789-1848, 4ª ed., RJ, Paz e Terra, 1992, p. 134.

LARA Fernández, Rosa Maria. Liberalismo y nacionalismo en la Europa del siglo XIX, proyecto CLIO 36, ISBN: 2012. pp1139-6237.

SANTOS, Lenalda Andrade. História Contemporânea I. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. São Cristóvão/SE, 2015.

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Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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