Em 1912, Alfred Wegener concebe uma hipótese desenvolvida a partir de 1960 e atualmente confirmada, relativa aos movimentos dos continentes.
Nos seus estudos, Wegener, apercebeu-se de que a posição que os continentes ocupam entre si nunca tinha sido aquela e que eles estão sempre em movimentos.
A teoria de translação defendida por este alemão, com base em estudos sobre o magnetismo das rochas que encontram no interior da Terra, diz que: “as massas continentais ocuparam diversas posições ao longo dos tempos”.
Conteúdos
Observaram se as seguintes conclusões:
“A 250 Milhões de anos (Pré-câmbrico), continha um continente chamado PANGEA e um Oceano chamado OCEANO PANTALASSA, devido às placas tectónicas surgiram (quando Pangea dividiu-se) os seguintes continentes:
- LAURÁSIA
Estes continentes eram banhados por OCEANO TÉTIS (actual mar Mediterrâneo).
O continente LAURÁSIA era constituído por seguintes (actuais continentes):
- AMÉRICA DO NORTE;
- EUROPA E ÁSIA.
O continente GONDWANA era constituído por seguintes (actuais continentes):
- AMÉRICA DO SUL;
- ÁFRICA, AUSTRÁLIA;
- ÍNDIA E ANTÁRTIDAS…”
Argumentos propostos por Wegener para sustentarem a sua teoria:
- Argumentos Topográficos/Geográficos;
- Paleoclimáticos;
- Paleontológicos;
- Geológicos.
Teoria da tectónica de placas
A teoria tectónica de placas foi desenvolvida a partir dos finais da década de 1960, graças aos estudos de Mckenzie e R. Parker (1967) e W. J. Morgan (1968).
De acordo com estes cientistas, o movimento das placas pode estar na origem da Deriva dos Continentes, do alastramento do fundo oceânico e das actividades sísmicas e vulcânicas nas zonas de contacto.
Segundo esta teoria, a litosfera est´dividida por placas rígidas com uma espessura provavelmente de 100 a 150 km. Estas placas (7 principais e outras pequenas estão assentes sobre o material fluido (astenosfera).
Principais placas de maior dimensão
Placa Norte americana – compreende a América do Norte e a metade ocidental do oceano Atlântico Norte, ate a sua dorsal;
Placa Sul-americana – compreende a América do Sul e a metade ocidental do Oceano Atlântico Sul ate à sua dorsal;
Placa pacifica – é formada apenas pela crusta do fundo oceânico, compreendendo quase todo o Oceano Pacifico, entre a dorsal existente e o pacifico oriental;
Placa Euro-asiática – na sua maior parte é formada pelo continente euro-asiático, limitada a Sul e a Este pelas placas Africana, Indo-australiana e pacífica;
Placa Africana – compreende o continente africano e uma grande extensão do fundo oceânico, limitada pela dorsal Meso-atlântica;
Placa Indo-australiana – é formada pelo subcontinente Indico e Austrália, a maior parte do fundo do oceano Indico e parte do pacífico Sul-ocidental;
Placa da Antártida – ocupa o polo sul com o continente Antártico estando limitada pelas placas Americana, Africana, Indica e Pacifica.
Outras menores são:
Caraíbas, Cocos, Masca, Scotia, Filipinas, Irão e Arabia.
A zona de contacto das placas corresponde às Zonas de grande instabilidade tectónica, com forte intensidade sismia e intenso vulcanismo.
Distinguem se três (3) zonas principais a saber:
A Zona de divergência – é caracterizada pela convecção do material rochoso proveniente da astenosfera. Ocorre a construção da litosfera.
Na região de divergência formam-se fossas tectónicas (Rifty).
A zona de convergência – é caracterizada pela destruição das placas litosféricas, onde ocorre a subdução.
Nas regiões de convergência formam-se fossas absais, arcos ou ilhas vulcânicas, cadeias de montanhas. Quando duas placas continentais convergem, o resultado é a concentração da crusta continental sob forma de grandes cadeias de emburgamento.
A Zona transformante – não ocorre a destruição né a construção da litosfera, é caracterizada pela conservação das placas.
Bibliografia recomendada
INDE/MINED – Moçambique. Geografia, Programa da 11ª Classe. DINAME. INDE/MINED – Moçambique. 2010.
WILSON, Felisberto. G11 – Geografia – 11a Cclasse, Texto editoes. Maputo 2010.