Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
  • Agro-pecuária
  • Biologia
  • Física
  • Geografia
  • História
  • Pedagogia
  • Química
  • Trabalhos
No Result
View All Result
Plugin Install : Cart Icon need WooCommerce plugin to be installed.
Sópra-Educação
No Result
View All Result
Home História

História de Moçambique antes e depois da Independência

Benney Muhacha by Benney Muhacha
Março 11, 2023
in História
0 0
0

Quando se fala da historiografia de Moçambique refere se a obras escritas sobre a história de Moçambique por autores nacionais e internacionais. A historiografia inclui tudo quanto foi escrito para proporcionar informações sobre o passado humano como testemunho. Integram esta literatura os relatos autobiográficos e memoristas desde que sejam referentes a aspectos da vida social do que os estritamente pessoais. A história oral também ocupa seu lugar, tanto quando este conceito designa as tradições históricas transmitidas oralmente, nos povos sem escrita mas na verdade não existe povo sem escrita.

Conteúdos

Comunidades Primitivas

Antes do povoamento bantu em Moçambique, estancas áreas de Moçambique eram ocupadas de comunidades de caçadores e recolectores. Os vestígios arqueológicos respeitantes a este longo período histórico encontram-se patentes em inúmeras pinturas rupestres e artefactos de pedra lascada. A gravura documenta alguns aspectos das pinturas rupestres existentes nos monte Vumba, na Província de Manica algumas dessas pinturas feitas pelos caçadores recolectores demonstram a luta entre eles e os agricultores que ali chegaram.

Os primeiros habitantes de Moçambique foram provavelmente os khoi-khoi e os san, que mais tarde juntaram-se e formaram os khoisan. Os khoisan eram nómadas viviam em bandos não possuíam parentesco e eram caçadores e recolectores e em certa medida pescadores, desconhecia ferro e outros metais, não tinham a diferenciação social nem classes sociais estabelecendo relações de ajuda mútua no âmbito de produção, isto é, levavam uma vida completamente primitiva.

Expansão e fixação Bantu (séc. IV a IX)

A expansão bantu para Moçambique ocorreu como consequência do conhecimento da agro-pecuária e processo do fabrico de instrumentos na base de ferro. Estas teorias são demonstradas com as evidências dos achados arqueológicos encontrados nas diversas estações arqueológicas, na Matola, em Xai-Xai, vilanculos (Chibuene e Bazaruto), Bajone (na Zambézia), Monapo e outras estacões na província de Nampula, bem como outras já identificadas, mas requerendo futuros trabalhos de campo ( Mavita, Serra Maua-Niassa, Monte Mitukue).

Penetração Estrangeira em Moçambique

É possível identificar os mecanismos da actividade mercantil e a provável localização de entrepostos costeiros em Moçambique. Por exemplo Al- Masud, refere em 943 n.e que Bilad as sufala (a terra de sofala) estava dependente de sayuna, um centro comercial localizado na faz do rio Zambeze, nos seus relatos afirma que os Zanj, controlavam o hinterland a partir das cidades costeiras. Os barcos asiáticos que portavam a essas cidades trocavam os tecidos indianos por ouro e outros metais.

Escreveu Al-Masud que Sofala era o limite extremo ao sul visitado por omanitas e sirafes, na sua opinião, sofala não definia qualquer estabelecimento particular mas significava terras baixas, do mesmo período existem testemunhos arqueológicos do comércio no arquipélago de Bazaruto e no continente sob a forma de ouça diversa de origem persa.

A penetração mercantil árabe persa teve como impacto não só o desenvolvimento comercial, as migrações por mar e os casamentos e contacto entre os grupos locais e árabes, mas também originou diferenciações regionais a nível cultural como é o caso de surgimento de línguas costeiras: Mwani – na costa de Cabo Delgado com influencia de língua maconde e macua, os Nahara- na Ilha de Moçambique e as regiões vizinhas; os koti de Angoche e originou ainda diferenciações politicas e o surgimento das chefaturas dos reinos afro-islâmicos da costa: sultanatos e xeicados.

Penetração Mercantil Europeia em Moçambique

Saiba mas sobre: Penetração Mercantil Europeia em Moçambique

Foi fundamentalmente o ouro que trouxe os portugueses em Moçambique. O ouro permitia lhes comprar, entre outras coisas as especiarias asiáticas com as quais a burguesia mercantil portuguesa penetra no mercado europeu de produto exóticos, que mais tarde interessam-se com as riquezas existentes no interior, estimula jovens aventureiros e missionários afazer o reconhecimento dessas áreas. O exemplo concreto, livingston e os seus companheiros subiram o Zambeze em 1858, encalhando em bancos de areia, parando mais ou menos em cada milha para cortar lenha e passando noites tremendamente quentes no pequeno maroberte a discutir, a medicar-se a escrever nos seus volumosos diários.

As tensões que se geraram entre eles e os católicos afro-portugueses da Zambézia proporcionam um estudo incrivelmente fascinante em termos de análise social weberiana. Alguns historiadores que escreveram sobre Moçambique.

Leroy Vail e Landeg White, Capitalism and colonialism in Mozambique,Ivory and slaves in east central Africa, de E.A. alpers, tradition of resistence, the allen isacman,René Pelissier na sua obra naissance du Mozambique.

Colonialismo moderno (1886-1974/5)

Até finais do século XIX, a presença oficial portuguesa em Moçambique limitava-se a umas poucas capitanias ao longo da costa. Portugal, bem estabelecido em Goa, de onde vinham directamente as ordens relativas a Moçambique, contava que os comerciantes que se iam estabelecendo no interior do território formassem o substrato para uma administração efectiva.

Nos territórios portugueses o ensino dos africanos tinha dois objectivos: formar elementos da população que actuariam como intermediários entre o estado colonial e as massas; e incultar uma atitude de servilismo nos africanos educados.

A maioria dos africanos só se encontravam com os portugueses na altura de pagamentos de impostos, quando eram contratados para o trabalho forçado ou as suas terras eram confiscadas, não é de surpreender que tenha tido uma impressão muito pouco favorável da cultura portuguesa. Esta reacção é muitas vezes expressa em canções, danças e até esculturas (formas tradicionais de expressão cultural que o colonizador não compreendia).

Outras canções denunciavam, o trabalho forçado, discos gravados por moçambicanos na África do sul, veiculavam, também protestos contra o colonialismo. Como é o caso de Francisco Maiecuane e Alberto Langa.

Em 1920 foi criada em Lisboa a liga africana, uma organização unindo os poucos estudantes Africanos e mulatos. Participou na terceira conferência pan-Africana realizada em Londres e organizada por Du Bois.

Todas estas organizações desenvolveram acções políticas, sob a capa de programas sociais, ajuda mútua, actividades culturais e desportivas. Paralelamente a estes movimentos surgiu uma impressa de protesto, da qual um exemplo típico é o Brado Africano, fundado pela Associação Africana e dirigido pelos irmãos Albasine, esta Impressa foi silenciada em 1936 pelo sistema de censura do Governo Fascita.

O sofrimento do trabalhador forçado e do mineiro inspirou muitos poemas e há exemplos significativos de todos os principais poetas desse período “Magaisa” de Noemia de Sousa; “Mamparra M’gaiza” e “Mamana Saquinha” de José Craveirinha; “A terra Treme” de Marcelino dos Santos. Estes poemas, todavia, são interessante não tanto pela sua força e eloquência mas antes pelos termos que utilizam para descrever a situação.

Em 1949 os alunos da escola secundária, dirigidos por um pequeno grupo que tinha estudado na África do sul, criavam o Núcleo dos Estudantes Secundários Africanos de Moçambique (NESAM), que estava ligado ao centro associativo dos negros de Moçambique e que também, acubeto de actividades culturais, conduzia uma campanha política entre a juventude para propagar a ideia de independência nacional e encorajar a resistência sujeição cultural imposta pelos portugueses.

Apesar de tudo o NESAM conseguiu sobreviver até os anos 50, e chegou a publicar uma revista, alvor, que, embora sob rigorosa censura ajudou a difundir as ideias desenvolvidas nas reuniões e discussões do grupo. NESAM constitui uma oportunidade única para estudar e discutir Moçambique como uma entidade própria e não como um apêndice de Portugal. Em Portugal, os poucos estudantes negros ou mulatos que conseguiram chegar ao ensino superior juntaram se na casa dos estudantes do império (CEI), e estabelece também uma ligação através do clube dos marítimos com marinheiros das colónias que vinham frequentemente a Lisboa.

Em 1951 os membros da CEI criaram o centro dos estudantes africanos embora estes não fizessem parte da CEI. Apesar da actuação repressiva da polícia, a CEI contribuiu activamente, até a sua dissolução em 1965, para difundir nas colónias a ideia de independência nacional, para divulgar as informações sobre as colónias a nível mundial, e para fortalecer e consolidar as ideias nacionalistas no seio da juventude.

Em 1961 um numeroso número destes estudantes, frustrado e por fim ameaçados pela persistência da acção policial, atravessou clandestinamente a fronteira que dirigiu-se para a Franca e Suíça, rompendo de forma pública e irreversível com o regime português. Muitos deles estabeleceram imediatamente contactos com os respectivos movimentos nacionalistas, e vários destes antigos estudantes do “império português” fazem agora parte da direcção da Frelimo.

Após a independência

Leia também sobre: A Educação em Moçambique no Tempo Colonial

A historiografia de 1974 a 1990 ѐ uma tentativa de procurar hierarquizar os intelectuais em função dos interesses da revolução socialista Moçambicana, o que de certa forma era justificável, dai que se procurava um modelo de homens exemplares identificados com a causa do povo Moçambicano. No entanto, não são poucos os Moçambicanos que não recorrem aos ofícios religiosos tradicionais: a evocação dos espíritos dos antepassados é um acto presente e frequente nas famílias moçambicanas, mas quando estudamos a história de Moçambique publicada entre 1982 e 1998, é nítido e transparente a ausência de um tratamento profundo desta problemática.

Deste pressuposto pode se concluir que existe um manancial de trabalhos publicado quer por historiadores, sociólogos extremamente importantes. Contudo, nota se que a maior parte destes trabalhos e manuais são mais um resultado de “encomendas feitas por forças politicas em acção “são produtos para o consumo dos outros não são úteis para a criança moçambicana aprender a conhecer o seu quintal, as autoridades e as forcas politicas influentes na sua aldeia, na província, enfim, para elas conhecer e saber amar o seu pais.

Ainda evidente a marca da luta ideológica e política que se trava em Moçambique no seio dos académicos. Os trabalhos publicados possuem pouco material em termos de conteúdos de história, isto ѐ, aquela história que ajuda a criar e consolidar a moçambicanidade, aquela historia que permite conhecer o Moçambique real, sem exclusão do outro, sem a desqualificação dos outros e a valorização de alguns.

Como forma de assegurar um bom lugar, para obter uma posição social cómoda no poder ou na oposição determinante, os académicos escrevem tudo no poder ou nas forças políticas da oposição mas representativa. E a política da guerra da “barriga” que impera e vence no seio de alguns intelectuais moçambicanos.

Não existe a preocupação de fazer uma história real que ajuda a conhecer de facto aquele Moçambique real e o seu povo, quando lemos alguns trabalhos de história dos últimos anos, desde 1992 até então, notam-se algumas lacunas. A preocupação de certos historiadores hoje tentar ser reconhecido pelo poder ou pela oposição determinante do pais, e caçar um lugar de destaque no poder e na sociedade em geral.

Achamos que isso é importante para ti:

  • O norte e a companhia do Niassa
  • Os prazos e a Companhia do Niassa
  • O Centro e a Companhia de Moçambique
  • História de Moçambique antes e depois da independência

 

Bibliografia

ANDRE, Eusébio e VANICELA, Romeu Pinheiro. Introdução ao estudo de história U.C.M. Beira, CED-U.C.M 2007 43p.

CABAÇO, José Luís de Oliveira. Moçambique identidades, colonialismo e libertação.Univer-  sidade, São Paulo, 2007, 475p.

Departamento da Historia Universidade Eduardo Mondlane. História de Moçambique. Livraria Universitária,  Maputo, 1982 , 523p

HEDGES, David. Moçambique no auge do colonialismo 1930-1961. Livraria Universitária Eduardo Mondlane, volume 2, Maputo, 1999;

MONDLANE, Eduardo. Lutar por Moçambique. Maputo, colecção “Nosso Chão” 1969;

NEWITT, Malyn. História de Moçambique. Mem-Martins, Publicações Europa-América, 1997.

ShareTweetShare
Benney Muhacha

Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

Related Posts

História

Resistência colonial na África Austral – Moçambique, África do Sul e Namíbia

Março 11, 2023
História

Nacionalismo Africano e em Moçambique

Março 11, 2023
História

Os prazos da coroa em Moçambique: Resumo

Março 11, 2023
História

História de Moçambique antes e depois da independência

Março 11, 2023
Next Post

Origem do nacionalismo africano

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Sópra-Educação

O maior portal de educação em Moçambique em todos os níveis

  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

No Result
View All Result
  • Home
    • Home – Layout 1
    • Home – Layout 2
    • Home – Layout 3
    • Home – Layout 4
    • Home – Layout 5
  • Video

Todos direiros reservados @ Sópra-Educação

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, você concorda com o uso de TODOS os cookies.
Cookie settingsACEITAR
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre activado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
GUARDAR E ACEITAR