O início do século XIX na Europa foi marcado por uma crescente prosperidade econômica. A Revolução Industrial (séc. XVIII) havia estimulado as inovações tecnológicas e o desenvolvimento contínuo levou ao aumento da produção e consequentemente à ampliação do comércio mundial.
A industrialização primeiramente se desenvolveu na Inglaterra e depois se expandiu para a Bélgica, França, Alemanha e Itália. A industrialização inglesa, no século XVIII, provocou a formação de grandes empresas que passaram a monopolizar a produção.
Em 1860, ocorreram mudanças significativas: o aço substituiu o ferro como material industrial básico, o vapor deu lugar à eletricidade e o petróleo passou a ser utilizado como força motriz no lugar do carvão.
O crescimento da indústria criou um excedente de produção, o que se uniu com o desemprego provocado pela mecanização do processo industrial, isso fez com que as Metrópoles buscassem novos mercados consumidores e garantissem o fornecimento de matérias-primas essenciais para as indústrias (carvão, ferro e petróleo) e produtos dos quais a Europa tinha carência, principalmente alimentos. A esse fenômeno histórico denominamos:
Imperialismo, ou seja, “práticas militares e culturais de grandes potências (principalmente europeias) para exercer domínio sobre outros países, territórios ou povos”.
A África e a Ásia foram as duas principais regiões afetadas pelo Imperialismo. Este processo de dominação que se desenvolveu no decorrer do século XIX ficou conhecido como neocolonialismo (novo colonialismo), devido ao fato de historicamente já haver ocorrido outro processo de colonização voltado principalmente para a América, com início no século XVI, o neocolonialismo foi pautado na exploração e na dominação de outros povos.
A justificativa era a de que os povos conquistados eram atrasados (pensamento baseado na teoria da evolução das espécies de Charles Darwin) e que os colonizadores os levariam a “civilização”, por meio da inserção da cultura, da religião e de tecnologias europeias.
No mês de novembro de 1884 teve início a Conferência de Berlim, que durou cerca de três meses, convocada por Bismark e que acabou definindo o mapa colonial. Sua finalidade era a de resolver as tensões que envolviam as disputas entre os países europeus por regiões na África, por meio de regras e acordos.
A África até então só havia sido explorada por meio de feitorias no litoral do continente, podemos notar, olhando o mapa da África atual com suas fronteiras em ângulos retos, como apenas interesses europeus foram considerados. A exploração econômica, propriamente dita, foi concedida a particulares. Somente as grandes companhias tinham condições de empreender a exploração dos recursos nas colônias, os povos africanos foram suprimidos em seus direitos, tiveram sua cultura, religião e costumes desrespeitados pelos colonizadores.
Do mesmo modo ocorreu na Ásia. Embora a quantidade de regiões asiáticas exploradas tenha sido menor que na África, os povos do continente também sofreram muito durante os anos de dominação europeia. A Guerra dos Cipaios (Índia-1857) e a Guerra do Ópio (China entre 1839 e 1842) foram exemplos do contexto dos conflitos que envolveram a resistência dos asiáticos e a dominação europeia.