A ética estuda as acções humanas. Sendo assim, seu objecto distingue-se em material e
formal.
formal.
O objecto material diz respeito aos actos humanos que se devem distinguir dos actos do homem.
Os actos humanos–são acções praticadas de forma livre, consciente, deliberada e voluntária, acções essas que afectam a própria pessoa, a outras pessoas, ou a determinados grupos sociais ou mesmo a sociedade no seu todo.
Os actos do homem–são aqueles praticados de modo inconsciente e involuntário, ou seja, são aqueles actos em que a vontade humana não entra ou a sua liberdade não entra em jogo.
O estudo do objecto da ética leva-nos à conclusão de que a pessoa antes de praticar qualquer acção deve analisar os prós e os contras e estar preparada para assumir os riscos e as consequências. Por outras palavras, toda a acção ética deve visar algum bem. Portanto, ela deve buscar todos os meios possíveis para alcançar esse tal bem. Ela dedica-se ao estudo da forma do comportamento humano e a realidade que o circundam.
Riqueza terminológica e expressiva da Ética
Os significados principais da ética podem ser sintetizados da seguinte forma, como expõe Carlos Maria Martini, na sua obra Viagem pelo vocabulário da ética.
a) Ética significa costume, o que se costuma fazer, aquilo que normalmente se faz. Ethos, em língua grega, indica o costume social, o modo de comportamento próprio de uma determinada sociedade.
b) Outro significado mais específico indica uma sociedade bem orientada, isto é, uma sociedade que se pode definir ‘boa’, que segue comportamentos que brotam da experiência e da sabedoria, como elementos positivos para a paz, a ordem social e o bem comum.
Vem depois o sentido absoluto que significa: aquilo que é bom em si mesmo, aquilo que deve ser feito ou evitado a todo o custo, o que é digno do homem, o que se opõe ao que é indigno, o que não é negociável,
nem se pode discutir ou transgredir.
nem se pode discutir ou transgredir.
c) Por fim, temos também o significado de reflexão sobre os comportamentos humanos e sobre o seu sentido último.
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Referências bibliográficas
CONTRERAS, J. A autonomia de professores. Tradução: Sandra Trabucco Valenzuela. São Paulo: Cortez, 2002.
CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações, propositivas sobre gestão, liderança e ética. Petrópolis: Vozes, 2009.