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conceito de Imperialismo
Imperialismo é a política de expansão e domínio territorial, cultural e económico de uma nação sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões geográficas O conceito de imperialismo evoluiu ao longo do tempo. O conceito de imperialismo moderno. “Um país imperialista era um país que dominava economicamente o outro”,Este conceito constituiu-se em duas características fundamentais: o investimento de capital externo e a propriedade econômica monopolista.
No entanto, o Imperialismo segundo Heinz Gollwitzerè uma politica que visa para a exterior animada de tendências expansionistas. O autor acrescenta, è uma politica destinada a apertar os laços dos Estados europeus com o resto do mundo. Ainda o mesmo autor, Gollwitzer,, comenta que o termo imperialismo foi empregue pela primeira vez em França durante o reinado de Luís Filipe.
Exprimia a ideia de que o regime do rei-cidadão era capaz de exercer uma poderosa acção política Já por volta de 1900, o Imperialismo era considerado como um prolongamento da política nacional no quadro da política internacional activa.
A palavra tinha acabado por significar construir um império com base em aquisições coloniais, desenvolver a marinha e o exército como instrumentos desta politica., conquistar uma posição cimeira entre as potências mundiais. E para o pessoal da época, o Imperialismo consistia em desenvolver as exportações e os investimentos no estrangeiro em proveito da economia nacional, mercê de fortes médias proteccionistas tomadas pelo Governo.
Origens
O imperialismo tem a sua origem nas transformações económicas do século XVIII, onde a. Tecnologia da Revolução
Industrial que aumentou ainda mais a produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses produtos e uma nova corrida por matéria-prima.
Industrial que aumentou ainda mais a produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses produtos e uma nova corrida por matéria-prima.
Características Expansionismo
Uma das características essências do imperialismo é a conquista de novos territórios. Assim, no final do século XIX e começo do XX, os países imperialistas se lançaram na corrida pela conquista global o que desencadeou rivalidade entre os mesmos e concretizou o principal motivo da Primeira Guerra Mundial, dando
princípio à nova era imperialista, onde os EUA se tornam os pais cardeal.
princípio à nova era imperialista, onde os EUA se tornam os pais cardeal.
Tomando a base da posição de 1900, pode-se dizer, hoje, que a politica imperialista foi expansionista efectuadapor potências europeias e não-europeia. Esta política expansionista estava estreitamente ligada aos interesses dos diversos ramos da economia nacional do tempo.
Monopólio de mercado e fonte de matéria-prima
Gollwitzer sublinha que a característica fundamental do Imperialismo è a politica expansionista, isto è, supranacional, onde esta estava estreitamente ligada aos interesses dos diversos ramos da economia nacional. E para Valdemiro Lenine, a característica fundamental do Imperialismo `e o monopólio.
De certa forma, os dois autores supracitados não divergem tanto no que refere as ideias do Imperialismo, na medida em que este sistema tem por feito o domínio do mundo, principalmente, no âmbito económico.
Contudo, Lenine pões em maior relevância a economia ao definir e caracterizar o Imperialismo ao passo que
Gollwitzer faz a fusão dos conceitos, economia e expansão, ao definir e caracterizar este Imperialismo.
Gollwitzer faz a fusão dos conceitos, economia e expansão, ao definir e caracterizar este Imperialismo.
Estudiosos liberais do Imperialismo
John Hobson – foi o primeiro estudo sistemático de Imperialismo que surgiu em 1902, para quem o fenómeno se devia a acumulação de capital excedente que devia ser exportado. Seriam motivações importantes do expansionismo a busca de novas fontes de matéria-prima e de mercados.
Joseph Schumpeter – este economista mostra as suas ideias em relação ao imperialismo na sua obra Capitalism, SocialismandDemocracy, 1942.
Estudiosos do Imperialismo por parte de Marxismo
Vlademir Lenine, na sua obra clássica intitulado Imperialismo, etapa superior do capitalismo, explica a Primeira Guerra Mundial como consequência do carácter expansionista do capitalismo monopolista. Do ponto de vista teórico, Lenine encara o Imperialismo como a culminação necessária do capitalismo. O investimento estrangeiro desempenha papel fundamental na teoria leninista do Imperialismo.
A concepção de Imperialismo foi perpetrada por economistas alemães e ingleses noninicio do século XX, este conceito constituiu-se em duas características fundamentais, o
investimento de capital externo e a propriedade económica monopolista.
investimento de capital externo e a propriedade económica monopolista.
Principais países imperialistas
No decorrer do século XIX muitos países Europeus e Não-Europeus ataram anpratica do imperialismo, tais como: Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha, Portugal, Espanha, Países Baixos, Japão, Rússia, Estados Unidos, Império Otomano.
Alguns exemplos do Imperialismo Britânico
África do Sul e a Guerra Anglo-Boer, 1899-1902. A actual África do Sul era uma região dominada por holandeses que eram os africânderes ou boers, que significa camponês. Com a descoberta de minas de diamantes na região, a Inglaterra queria dominar e explorar esse território, dando incido a Guerra dos Boers pela dominação dele.
O Historiador Brasil Davidson, sublinha que os Africânderes chamaram a esta guerra a sua Guerra de Libertação, como
também foi uma guerra que apenas envolveu brancos, a guerra dos brancos.No entanto, a Inglaterra ganhou a guerra e consequentemente o domínio efectivo do mesmo, dando origem à União Sul-Africana em 1910.
também foi uma guerra que apenas envolveu brancos, a guerra dos brancos.No entanto, a Inglaterra ganhou a guerra e consequentemente o domínio efectivo do mesmo, dando origem à União Sul-Africana em 1910.
A Índia foi mais uns pais afectado pelo Imperialismo Britânico, que impôs através da formalidade o domínio militar e cultural através da justificativa do Darwinismo Social e do Eurocentrismo.Com o fim de acabar com o imperialismo britânico na Índia a população fez a Revolta dos Capados, em que nacionalistas indianos apoiados pela população local e pelo exército da Índia reivindicavam o direito indiano à liberdade. Mas a revolta foi sufocada pela Inglaterra.
Expansão Imperialista
A segunda metade do séc. XIX, intensificou-se o processo de expansão imperialista que se estenderia ate o inicio do século XX. Começando por países europeus industrializados, principalmente a Inglaterra, esse processo levou à partilha dos continentes africanos e asiático. Na mesma época, também Estados Unidos e Japão exerceram actividades imperialistas em suas regiões influentes.
O colonialismo do século XIX diferiu bastante do século XVI, que se restringiu ao capitalismo comercial, cuja meta era a obtenção de especiarias, produtos tropicais e metais preciosos, e concentrou-se no continente americano. Nesse período, o Estado impulsionou a expansão, segundo moldes mercantilistas.
O neocolonialismo ou imperialismo contemporâneo, por sua vez necessitava de mercados consumidores de manufacturados e fornecedores de matéria-prima, além de as grandes potencias buscarem colónias para a colocação de seu excedente populacional e novas áreas de investimentos de capital sua intervenção deu-se principalmente na África e na Ásia, motivada pelo capitalismo industrial e financeiro.
No final do século XIX o capitalismo industrial transformou-se em capitalismo financeiro ou monopolista, e surgiram grandes conglomerados económicos que usaram os poderes para explorar áreas coloniais. Este facto originou rivalidades entre as potências pela divisão de mercados que culminariam na Primeira Guerra Mundial, em 1914.
O neocolonialismo alem da necessidade de novas fontes de matéria-prima, como ferro, cobre, petróleo, trigo, algodão e mais produtos, e de outros mercados consumidores para crescente produção industrial, as principais causas da expansão e contradições imperialistas explicam-se no seguinte, a necessidade de aplicação dos capitais excedentes da economia industrial e a obtenção de bases estratégicas visando a segurança do comércio marítimo nacional.
A Conferencia de Berlim
A Conferencia de Berlim, 1884-85, na qual participaram 14 potencias imperialistas, não conseguiu eliminar as divergências entre estas potencias quanto as suas ambições expansionistas, como se pode ver, a França continuou com a sua expansão em África, a Inglaterra liderando o imperialismo, realizou o domínio vertical do continente, desde o mar Mediterrâneo ate ao cabo da Boa Esperança e destacou-se a actuação do seu ministro Benjamin Disrael, que obteve o canal de Suez na sua posse.
Ainda mais, as incursões inglesas se fizeram sentir com o conflito bóerna África do Sul. A Bélgica tomou o Congo, como propriedade pessoal do rei Leopoldo II, segundo o decido na Conferencia de Berlim.Em África, até o inicio do séc. XX, apenas a Libéria, habitada por negros emigrados dos EUA, e actual Etiópia, constituíam Estados africanos livres.
Para as metrópoles imperialistas, a expansão colo nialista do SIC. XIX trouxe enormes lucros e a solução parcial para as suas crises de mercado. Conseguiu, ainda, amenizar as divergências políticas e as lutas sociais internas, embora tenha também acirrado as divergências internacionais, conduzindo o mundo a Primeira Guerra Mundial.
As potências imperialistas, Europeus e Não Europeus, envolveram se em disputas entre estas potências por áreas coloniais agravaram conflitos e estimularam o armamentismo, o que levou à formação de blocos de países rivais, criando uma tensão e proporcionou ate a Primeira Guerra Mundial em 1914.
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Bibliografia
BARBERB, William J. História do pensamento económico. Amadora: Textos de Ciências sociais/15, 1974
GOLLWITZER, H. O Imperialismo europeu, 1800-1914.
HARVEY, D. O problema da globalização. In: Novos Rumos, nº 27, São Paulo, 1997.
HOBSBAWN, E. Era dos extremos: o breve século XX, São Paulo: Cia. das Letras,1995. Paz e Terra, 1981.
PRADA, Valentin V. de. História económica mundial-II: da RevoluçãoIndustrial à actualidade. Porto: Livraria cilização, 1994.